Hackers recebem até US$ 20 milhões para invadir WhatsApp e acessar mensagens

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Nos últimos anos, o preço deste tipo de serviço disparou. – Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A inflação também chegou ao universo hacker e invadir o WhatsApp, mensageiro da Meta que é o mais usado no Brasil, pode custar até US$ 20 milhões, algo entorno de R$ 103 milhões na conversão direta. Nos últimos anos, o preço deste tipo de serviço disparou.

De acordo com o site TechCrunch, uma empresa russa que compra “hacks de dia zero”, falhas em software que são desconhecidas do desenvolvedor do produto afetado, ofereceu US$ 20 milhões por cadeias de bugs que permitiriam invadir contas de WhatsApp.

A empresa informou que os malwares seriam repassados para um grupo de clientes formado por “organizações privadas e governamentais” sediadas na Rússia. A proposta foi realizada na semana passada e o interesse é invadir smartphones Android e iOS de forma remota.

Porém, o que chamou a atenção foi alta nos preços. Para efeito de comparação, um malware para explorar uma falha de dia zero no WhatsApp custava de US$ 1,7 milhão a US$ 8 milhões (de R$ 8,78 milhões a R$ 41,3 milhões, respectivamente) em 2021.

A reportagem disse que as rotineiras atualizações do WhatsApp para reforçar a segurança do mensageiro e a invasão da Ucrânia pela Rússia são os principais motivos para o preço dos hacks terem subido tanto, já que o embate cibernético é uma das frentes do conflito.

Outro ponto destacado é que diversos especialistas em tecnologia não aceitaram os convites para trabalhar com o governo de Vladimir Putin durante a guerra. Por isso, os grupos ligados ao ditador da Rússia buscaram alternativas no mercado hacker paralelo.

Os principais alvos dos ataques ao WhatsApp são funcionários públicos, de entidades como agências de inteligência e órgãos reguladores. Ao espionar o mensageiro da Meta, os hackers conseguem visualizar as mensagens sem comprometer todo o aparelho.

Procurada, a Meta não quis comentar sobre o assunto.

Por Tudocelular

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