O governador em exercício Ronaldo Lessa representou o governador Paulo Dantas, no lançamento oficial do Plano Brasil Sem Fome, em Teresina (PI), que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esta política pública tem o objetivo de tirar o país do Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas), reduzir as taxas de pobreza e de insegurança alimentar e nutricional. O evento aconteceu nesta quinta-feira (31) no Theresina Hall.
Em seu discurso, o presidente falou que reduzir as disparidades sociais é uma das principais metas deste seu terceiro mandato. “Tenho dito que o combate à fome é o meu grande objetivo de vida. Que o trabalhador possa voltar a comer as três refeições de forma digna e possa oferecer alimentação de qualidade para seus filhos”, destacou.
Ronaldo Lessa ressaltou a importância desse projeto para as pessoas que mais precisam. “Num país com as riquezas que nós temos, não tem sentido a gente viver com a quantidade de pessoas que passam fome. Aqui foi o lançamento nacional. Vamos fazer em Alagoas, junto com Paulo Dantas, com nossa sociedade, para que a gente lute por um país justo e digno com o nosso povo”, avaliou.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou que a missão de sua pasta é tirar o Brasil do mapa da fome. “Um momento histórico, que sela, mais uma vez, o compromisso de um governo que resgata a dignidade e o orgulho de um Brasil maior, melhor e que cuida de todos os brasileiros”, ressaltou.
Ações em andamento
Entre as ações já em curso para alcançar o objetivo, tem-se o reajuste per capita do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), o novo Bolsa Família, a valorização do salário mínimo, a retomada do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o Plano Safra da Agricultura Familiar. O plano reúne 24 ministérios, inclui 80 ações e políticas públicas para alcançar cerca de 100 metas.
Uma grande novidade é o Programa de Aquisição de Alimentos entregando produtos para as cozinhas solidárias, que foram iniciativas da sociedade civil para enfrentar a fome durante a pandemia. O plano também prevê a retomada dos estoques públicos para regular o abastecimento e os preços dos alimentos. O plano está dividido em 3 eixos centrais.
Eixos contra a fome
O 1º eixo reúne ações de garantia de acesso à renda, e também de promoção de cidadania, acesso à política pública de proteção social. O 2º eixo reúne ações que vão desde a produção até o consumo de alimentos adequados e saudáveis. E o 3º eixo é de mobilização dos outros poderes, dos outros entes federativos e da sociedade civil, numa reunião de esforços para de combater a fome no país.
Em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas), mas voltou a figurar no cenário nos anos seguintes, especialmente durante a pandemia de covid-19.
Dados do relatório global Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, divulgado por 5 agências especializadas da ONU, apontam que 1 em cada 10 brasileiros (9,9%) passava por situação de insegurança alimentar severa de 2020 a 2022. E quase ⅓ (32,8%) da população do país está incluído nas categorias de insegurança alimentar severa ou moderada, o que equivale a 70,3 milhões de brasileiros.
A situação mostra um agravamento no acesso à segurança alimentar no país. Os dados anteriores, de 2014 a 2016, indicavam um percentual de 18,3%.
Em termos percentuais, há uma prevalência grande da fome no meio rural, mas em números absolutos, há mais pessoas passando fome nos meios urbanos. Essa política visa também garantir que alimentos cheguem nesses centros.
Por Assessoria
