Newton Fidelis de Moura Neto, suspeito de matar o próprio tio, o empresário Lécio Cardoso, foi posto em liberdade pela justiça alagoana, nessa quarta-feira, 31. O crime ocorreu durante uma comemoração na fazenda Bicuara, na zona rural do município de Pindoba, no interior do estado, no último dia 13, e teria sido causado por conta de som alto.
Lécio Cardoso foi atingido por disparos de arma de fogo. A vítima chegou a ser socorrida para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no município de Viçosa, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Ele é filho de Maria Lêda Cardoso, que exerceu o mandato de deputada estadual pelo Partido Liberal, no período de 1991 a 1994, tendo a cidade de Pindoba como seu principal reduto eleitoral.
A prisão temporária de Newton Fidelis foi revogada pelo desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas, segundo o relator, por não apresentar fundamentação idônea, além de o suspeito colaborar efetivamente com as diligências inquisitoriais. Newton Fidelis teve a prisão temporária decretada no dia seguinte do fato, em 14 de maio, por crime de homicídio qualificado.
A defesa de Newton Fidelis de Moura Neto esclareceu por meio de nota as circunstâncias as quais o Tribunal de Justiça de Alagoas concedeu a liminar em sede de habeas corpus.
“Desde o momento da ocorrência do fato, o Sr. Newton esteve à disposição dos Órgãos de Persecução Penal. Apresentou-se espontaneamente à Superintendência do Forum Jairon Maia Fernandes e à Comissão Especial de Delegados de Polícia Civil. Ao ser interrogado, respondeu a todas as perguntas formuladas pelas Autoridades Policiais. Na oportunidade, apresentou rol de testemunhas presenciais do fato, além da indicar a existência câmeras de segurança na Fazenda, local do ocorrido”, comunicou.
“Ademais, indicou para a polícia onde as armas portadas pela suposta vítima e pelo Sr. Newton estavam, as quais já estão sob os cuidados dos competentes Delegados de Polícia Civil. Por fim, esclarece que a situação fática aconteceu em contexto de legítima defesa, cujos disparos foram realizados de supetão e em reação, como única e derradeira forma de preservar a própria vida. O Sr. Newton Fidelis de Moura Neto está à disposição da Justiça, da Polícia Civil e do Ministério Público para quais esclarecimentos e contribuição com as investigações”, finalizou a nota.
Por Tribuna Hoje
