A chefia especial do Instituto de Medicina Legal de Arapiraca recebeu uma decisão judicial na manhã desta terça-feira (16), referente ao caso das crianças mortas em um incêndio no município de Canapi. O documento determinou a liberação dos corpos antes do resultado do exame de DNA.
De acordo o chefe do IML de Arapiraca, perito médico legista Silvio Nunes, a decisão foi expedida pela Vara Única da Comarca de Mata Grande. Além da liberação dos corpos, a decisão solicita urgência na realização do exame de confronte genético que irá confirmar a identificação das vítimas.
“Após a decisão judicial, os corpos foram liberados na tarde desta terça-feira, mas apenas com guia para sepultamento. As declarações de óbito serão emitidas após o resultado do exame de DNA”, explicou o chefe do IML de Arapiraca.
O incêndio aconteceu na madrugada do último domingo (14), dia das mães. As quatro crianças estavam dormindo dentro do quarto na casa dos pais de duas delas, que fica no centro de Canapi. Segundo a perícia realizada pelo perito criminal Clisney Omena, uma das crianças tentou proteger as outras três, mas todas acabaram morrendo no local.
Devido ao estado dos corpos carbonizados, a identificação por necropapiloscopia ou arcada dentária ficou prejudicada. Por esse motivo, o órgão de medicina legal iniciou o processo de identificação oficial dos cadáveres por meio do exame de confronto genético por DNA.
O perito médico legista Silvio Nunes explicou ainda que para realização dos exames já foram coletados materiais biológicos dos cadáveres e dos pais, faltando o comparecimento ao IML das mães para fornecimento das amostras de DNA delas. Para a realização do exame é necessário o provimento de amostras de todos os genitores das crianças.
SEPULTAMENTO
Os corpos saíram do IML de Arapiraca para a cidade de Canapi. Chegando lá, o cortejo feito em carros fúnebres realizou uma parada estratégica na Escola Municipal João Vieira Maciel, que é a escola onde três das vítimas estudavam. O cortejo foi finalizado no cemitério São José, onde ocorrerá o sepultamento.Davy Luca, 9 anos, Aylla Ludmyla, de 7, Maria Ayslla, de 6 anos e Maria Ariela, de 4, dormiam no mesmo quarto quando o incêndio começou. Asfixia e carbonização foram apontadas como causa da morte.
Por Tribuna Hoje com assessoria
Foto: Ascom Polícia Científica