Instituto Negra Júlia distribuirá mudas de plantas em Alagoas, Sergipe e Pernambuco

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Em breve o município de Feira Grande, mais precisamente O Alto da Negra Júlia, será sede do Instituto Negra Júlia de Estabilidade Humana e Cultural. O objetivo do projeto é trabalhar o incentivo à cultura, alimentação orgânica, passeio ecológico, recuperação de fontes e incentivo ao teatro e cinema.

O nome do instituto Negra Júlia é em homenagem a história da cidade de Feira Grande. De acordo com relatos dos mais antigos, Júlia era uma escrava encantada que fugiu de uma senzala, no baixo São Francisco, e localizou no Alto da Serra na calada da noite cinco dos seus irmãos, e bravamente soltou.

A história desta brava guerreira também será tema de uma peça de teatro, de um curta-metragem e será homenageada no museu. A história despertou o interesse do cineasta Lula de Oliveira, que ao saber da história se encantou com a pesquisa feita pelo incentivador cultural e radialista Sérgio Tenório e idealizador do projeto Valores da Nossa Terra. Este projeto tem como padrinho o Obá Sobá José Mendes Gelejú Adelabú III.

Lula de Oliveira concluiu recentemente a obra do filme Zumbi Quilombo dos Palmares, que tem como ator principal Obá Sobá José Mendes Gelejú Adelabú III, rei negro brasileiro tataraneto de Zumbi dos Palmares. O cineasta está em Portugal realizando as filmagens do novo filme “Navio Negreiro”, sobre o mundo do inferno.

O Instituto já iniciou suas ações com a distribuição das mudas da planta conhecida a Árvore da Vida que podemos dizer que foi um grande e abençoado momento. Essas sementes chegaram de primeira mão no Instituto Negra Julia, esta é uma planta que serve para inúmeros problemas de saúde e contém proteínas mais do que a carne.

Esta semente chegou até ao instituto através do Dr Jorge Porfírio e de João Higino, residente no povoado Carrasco, eles também estão engajados nesse projeto de sustentabilidade humana e cultural. Sérgio Tenório agradeceu e já está fazendo um mapa onde a planta que chegará às aldeias, quilombos, redutos ciganos, algumas cidades do Alto sertão de Alagoas, Pernambuco e Sergipe.

“Juntos sempre iremos fortalecer cada vez mais uma corrente para ajudar aos mais humildes os mais necessitados, essa é a minha missão e dos meus companheiros amigos e irmãos que lutam dia a dia ao meu lado pelo bem-estar do nosso querido povo alagoano” ressaltou o comunicador.

A primeira aldeia a receber a semente da árvore da vida será a aldeia Tingui-botó e vai ser plantada através das mãos do pajé Adalberto Ferreira.

Através do Instituto Nega Júlia, será criado uma forma de ajudar os artistas, facilitando o acesso a estúdio musical, a rádio e TV Web. Também será lançado o projeto Respirando Notas Musicais, em que um grande artesão de instrumentos será o professor de vários jovens da região de outras cidades.

“A nossa meta é estar cada vez mais unidos com grandes profissionais e incentivar a cultura não só de Alagoas, mas de vários estados do Brasil”. Finalizou Sérgio Tenório.

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