A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) do estado se reuniram na quinta-feira, (6), numa reunião com pesquisadores, a Pró-reitoria de Gestão institucional (Proginst) e a representação do Instituto com o intuito de firmar futuras parcerias. O Instituto possui autorização da Ufal para desenvolver ações a partir das instalações do entreposto da Universidade na Orla Lagunar no bairro do Vergel do Lago.
Atualmente o local abarca as ações sociais de transferência de renda derivada do beneficiamento da casca do sururu. Os trabalhos do IABS se consolidaram no local também com a formalização do instrumento jurídico da Permissão de Uso formalizada pela Gestão Central da Ufal, em abril de 2022. Durante a reunião também foram apresentadas as ações do IABS.
A Proginst que atuou na formalização do acordo com o IABS, e o pró-reitor Jarman Aderico salientou a importância de valorizar ações que promovam integração, pertencimento e inovação. “A formalização de parcerias tem caráter fundamental para o Ensino, a Pesquisa e a Extensão Universitária”, afirmou.
Já a diretora da Regional Nordeste do IABS, Roberta Roxilene, abordou as ações sem fins lucrativos do IABS e acrescentou que para manter a movimentação financeira com a unidade Fabril e a moeda social, precisou registrar uma Empresa Social voltada ao beneficiamento e comercialização do cobogó (peça artesanal confeccionada com a casca do sururu e comercializada por empresas alagoanas). O projeto atende mais de 400 famílias e a moeda social alcança 20 mães selecionadas por critérios técnicos e sociais, como por exemplo: mulheres com filhos em escolas. A assistente social pelo IABS, Saysia Salomão, coordena a articulação com os moradores da região.
Articulação
A reunião também foi uma oportunidade de maior articulação entre laboratórios e projetos que os pesquisadores coordenam. De acordo com o professor Emerson Soares, responsável na Ufal pela Expedição do São Francisco e assessor especial da Secretaria Nacional da Pesca, é muito positiva a existência do galpão e poderá somar-se às ações que estão sendo elaboradas no âmbito do Projeto Laguna Viva, custeado pela Braskem, além do projeto de produção de sementes de sururu com apoio do Ministério da Pesca e Aquicultura, sob a coordenação do Laboratório de Aquicultura e Ecologia Aquática (Laqua), através dos professores Alexandre Oliveira e Themis Silva.
“É possível vislumbrar a construção de um espaço para apoio às análises de água, de organismos aquáticos e ordenamento da pesca do sururu, bem como a instalação do laboratório de produção de sementes de sururu nativo para repovoamento da Laguna Mundaú e também para cultivo”, explica o professor. O local também servirá de marina para o barco de pesquisa já adquirido pelo no projeto Laguna Viva.
Também estiveram presentes o professor Alexandre Oliveira do Campus Ceca; o bolsista de pós doutorado Manuel Costa; membros do Laboratório de Ciências Integradas do Mar e Naturais (Labmar), como a Técnicas em Química, Silvia Torres e Enaide Marinho; o físico-químico Manuel Messias; o professor Georgenes Cavalcante do Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat); e o professor Paulo Peter do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema), atual coordenador do Labmar.
Por Ascom Ufal