Francisco Oiticica expõe conjunto de obra para comemorar a volta da pintura depois do que para ele parecia o seu “fim”

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 “Elias, aliás: depois do fim da pintura” segue aberta à visitação na Galeria do Complexo Cultural até 16 de abril

Em cartaz na Galeria do Complexo Cultural do Teatro Deodoro “Elias, aliás: depois do fim da pintura”, exposição individual de Francisco Oiticica Filho, apresenta ao público um conjunto de 60 objetos e quadros classificados pelo artista como o registro de “rastos de tinta” e a construção de “relevos de parede” para comemorar a volta da pintura depois do que para ele parecia o seu “fim”. 

Francisco retoma o Elias de seu segundo nome depois de passar muito tempo dedicado à fotografia. Pintar nessa volta agora fez com que uma nova personagem emergisse então chamada de um jeito que poderia ter sido o seu desde o início de sua carreira, mas que só agora se manifestou.

Produção de pintura sobre papel kraft em tinta alquídica que se iniciou em 2019 quando integrou um ateliê coletivo desfeito por conta da pandemia em 2020. Durante o confinamento em casa o artista retomou os seus trabalhos então sobre cartões de embalagem que recolhia em lojas e supermercados, já acumulados anteriormente.

O seu interesse se dirigiu para os materiais precários que julgava capazes de questionar o conceito de arte como entretenimento, a narratividade da representação artística e as expectativas do público e do circuito que chancelam a circulação de mercadorias em um mercado de consumo ávido por novidades palatáveis.

Francisco Oiticica Filho – é artista visual, professor e escritor. Nascido no Rio de Janeiro, desde 1994 reside em Maceió. Formado em Pintura pela Escola de Belas Artes (EBA), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com Mestrado em História e Crítica da Arte também pela EBA-UFRJ, e Doutorado em Literatura, Cultura e Sociedade pelo Programa de Pós-Graduação Linguística e Literatura da Universidade Federal de Alagoas (PPGLL-UFAL). Lecionou na EBA, na Ufal, na Universidade de Grenoble, França, na Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação de Campinas (ESAMC) e na UNINASSAU-AL.

Há anos, escreve sobre letras e artes além de se dedicar à fotografia. Também vem num ritmo contínuo de produção fotográfica, as publicando como, por exemplo, “Murmuro, ensaio sobre o imprevisto” selecionado para publicação em 2018 pela Imprensa Oficial e Editora Graciliano, assim como “Alagoas, memória salobra”, publicado através da Lei Aldir Blanc, também pela Graciliano, em 2021.

A mostra gratuita e poderá ser vista até 16 de abril de 2023, das 8h às 18h – de segunda a sábado; e das 14h às 17h – domingos e feriados. Para informações adicionais consultar o site oficial da Diretoria de Teatro de Alagoas – DITEAL, www.diteal.al.gov.br, promotora do evento.

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