O soldado reformado da Polícia Militar de Alagoas, Flávio Ferreira da Silva, foi encontrado morto na noite da última sexta-feira (2), segundo confirmação do 2º Batalhão da PM, sediado em União dos Palmares. Ele integrou por anos o Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRp) e teve uma carreira marcada por episódios polêmicos e sinais de sofrimento psicológico.
Fontes ligadas à segurança pública informaram que Flávio enfrentava problemas emocionais, além de responder a diversas acusações ao longo de sua trajetória na corporação. Um dos episódios mais graves ocorreu em 2006, quando ele foi detido por desacato e ameaça após uma suposta agressão a um tenente dentro do sistema prisional. Na ocasião, Flávio também foi flagrado com uma motocicleta com placa adulterada, incompatível com o veículo original.
Ainda nesse mesmo ano, durante uma ida à Delegacia da Deplan II, o militar demonstrou comportamento agressivo e tentou atacar um colega de farda. Devido ao estado alterado, ele precisou ser atendido pelo Samu e foi encaminhado à Unidade de Emergência Dr. Armando Lages. A família alegou que ele teria sido agredido por policiais civis no momento da condução.
O histórico de conflitos não se encerrou ali. Em 2023, Flávio foi preso preventivamente no Presídio Militar, acusado de efetuar disparos de arma de fogo na frente da residência de uma conhecida da companheira dele. A denúncia, no entanto, perdeu força depois que a suposta vítima gravou um vídeo desmentindo o fato. Além disso, foi constatado que o calibre da arma que ele possuía era diferente do da arma apontada na denúncia.
Apesar de reformado, o militar continuava sendo um personagem conhecido dentro da corporação. Sua morte, agora investigada, levanta discussões sobre a saúde mental de profissionais das forças de segurança, especialmente os que enfrentam traumas e pressões prolongadas durante o serviço.
