“Justiça pela metade”: mãe de Roberta Dias desabafa após condenações no caso do assassinato da filha

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POR REDAÇÃO

“Justiça pela metade”: mãe de Roberta Dias desabafa após condenações no caso do assassinato da filha

Após mais de uma década de espera, o julgamento do assassinato de Roberta Dias, ocorrido em 2012, finalmente foi concluído nesta semana em Penedo, interior de Alagoas. Dois dos acusados foram condenados, mas para Mônica Reis, mãe da vítima, o sentimento após deixar o fórum foi agridoce. “Saí daquele fórum ontem com a sensação de missão cumprida. Cada um fez sua parte, né? Eu esperava mais, não vou mentir. A justiça foi feita pela metade”, declarou, emocionada.

O Tribunal do Júri condenou Karlo Bruno Pereira a 15 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado. A pena será cumprida em regime fechado. Já Mary Jane Araújo Santos, mãe do então namorado de Roberta, foi sentenciada a 1 ano e 10 meses de reclusão, em regime aberto, por ocultação de cadáver e corrupção de menores. Ainda cabe recurso.

Um crime que chocou a cidade

Roberta Dias desapareceu em 2012 enquanto estava grávida de Saulo de Thasso, filho de Mary Jane. As investigações apontaram que Mary Jane teria arquitetado o crime para evitar o nascimento da criança. Karlo Bruno, segundo o processo, foi o executor do assassinato. O corpo da jovem foi ocultado, e somente anos depois os acusados passaram a responder judicialmente.

Dor e dignidade

Ao final do julgamento, Mônica falou com a imprensa e com os apoiadores que acompanharam o caso desde o início. Ela agradeceu o apoio da população e da imprensa local, em especial à jornalista Marta Márquez, que foi uma das responsáveis por manter o caso em evidência.

“Quero agradecer a todos da sociedade que me acompanharam, me deram força. Quero agradecer até os que me desmotivaram. Sem o apoio de todos, talvez esse momento não chegasse”, afirmou.

Mesmo diante da dor, Mônica demonstrou empatia pelas famílias dos condenados. “Quero falar para a família dos réus: não fiquem com raiva. Sei que eles não têm culpa”, disse, acrescentando que compreende o sofrimento de quem, assim como ela, também se vê envolvido em um caso tão traumático.

Sentença que não devolve a vida

A diferença entre o tempo de condenação e o impacto do crime na vida da família da vítima também foi mencionada por Mônica, que questionou a proporcionalidade das penas. “O Karlo Bruno vai passar pouco tempo no presídio, e a Mary Jane vai cumprir em liberdade. E a Roberta? A Roberta foi embora para nunca mais voltar”, lamentou.

A fala final de Mônica, emocionada, sintetizou os anos de dor, luta e espera. “Agora só me resta a lembrança. Ainda bem que esse martírio acabou. Graças a Deus.”

Após mais de uma década de espera, o julgamento do assassinato de Roberta Dias, ocorrido em 2012, finalmente foi concluído nesta semana em Penedo, interior de Alagoas. Dois dos acusados foram condenados, mas para Mônica Reis, mãe da vítima, o sentimento após deixar o fórum foi agridoce. “Saí daquele fórum ontem com a sensação de missão cumprida. Cada um fez sua parte, né? Eu esperava mais, não vou mentir. A justiça foi feita pela metade”, declarou, emocionada.

O Tribunal do Júri condenou Karlo Bruno Pereira a 15 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado. A pena será cumprida em regime fechado. Já Mary Jane Araújo Santos, mãe do então namorado de Roberta, foi sentenciada a 1 ano e 10 meses de reclusão, em regime aberto, por ocultação de cadáver e corrupção de menores. Ainda cabe recurso.

Um crime que chocou a cidade

Roberta Dias desapareceu em 2012 enquanto estava grávida de Saulo de Thasso, filho de Mary Jane. As investigações apontaram que Mary Jane teria arquitetado o crime para evitar o nascimento da criança. Karlo Bruno, segundo o processo, foi o executor do assassinato. O corpo da jovem foi ocultado, e somente anos depois os acusados passaram a responder judicialmente.

Dor e dignidade

Ao final do julgamento, Mônica falou com a imprensa e com os apoiadores que acompanharam o caso desde o início. Ela agradeceu o apoio da população e da imprensa local, em especial à jornalista Marta Márquez, que foi uma das responsáveis por manter o caso em evidência.

“Quero agradecer a todos da sociedade que me acompanharam, me deram força. Quero agradecer até os que me desmotivaram. Sem o apoio de todos, talvez esse momento não chegasse”, afirmou.

Mesmo diante da dor, Mônica demonstrou empatia pelas famílias dos condenados. “Quero falar para a família dos réus: não fiquem com raiva. Sei que eles não têm culpa”, disse, acrescentando que compreende o sofrimento de quem, assim como ela, também se vê envolvido em um caso tão traumático.

Sentença que não devolve a vida

A diferença entre o tempo de condenação e o impacto do crime na vida da família da vítima também foi mencionada por Mônica, que questionou a proporcionalidade das penas. “O Karlo Bruno vai passar pouco tempo no presídio, e a Mary Jane vai cumprir em liberdade. E a Roberta? A Roberta foi embora para nunca mais voltar”, lamentou.

A fala final de Mônica, emocionada, sintetizou os anos de dor, luta e espera. “Agora só me resta a lembrança. Ainda bem que esse martírio acabou. Graças a Deus.”

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