Trabalhadores da Casal vão realizar paralisação em protesto contra privatização da empresa

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Paralisação está marcada para o dia 16 de maio – Foto: Ascom Urbanitários

Os trabalhadores e trabalhadoras da Casal aprovaram, por unanimidade, a realização de uma paralisação em protesto contra a privatização da empresa, que se realizará no dia 16 de maio, com concentração em frente a Assembleia Legislativa do Estado.

Como é do conhecimento de todos, está em andamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, por encomenda do governo do Estado de Alagoas, um projeto para entregar ao capital privado o restante dos serviços de água que ainda permanecem sob o controle público, através da venda da CASAL.

Os Urbanitários de Alagoas possuem um histórico de lutas desde 2015, quando surgiu o projeto que privatizou grande parte da água no Estado. Ao longo desse tempo o Sindicato tem protagonizado uma intensa e incansável luta contra a privatização da água e das empresas de saneamento do Estado. Atuando em defesa do direito ao acesso universal à água, o Sindicato tem mobilizado trabalhadores, sociedade civil e entidades sociais para impedir que esse bem essencial à vida seja transformado em mercadoria.

O Sindicato também enviou ofício para a CASAL, solicitando os devidos esclarecimentos e, manifestando profunda preocupação, e repúdio, aos termos do acordo firmado entre a Companhia de Saneamento de Alagoas (CASAL) e a Braskem S.A., homologado judicialmente, que transfere o sistema Catolé-Cardoso para a referida empresa.

A presidenta dos Urbanitários Dafne Orion quer respostas para perguntas não respondidas, diante do termo de confidencialidade existente. “Queremos saber se o dinheiro já foi pago para a CASAL e, se ele está em uma conta separada para esse fim ou, será destinado a outros compromissos? Queremos saber se esse valor de R$ 108,9 milhões garante a construção de um novo sistema? Queremos saber em quanto tempo e onde esse novo sistema será construído? O que a Braskem fará com o sistema Catolé? São muitas as perguntas sem resposta”, afirma a Dafne.

O Sindicato dos Urbanitários defende que serviços essenciais em geral se mantenham sobre o controle do Estado e, vem alertando para as graves consequências da privatização desses setores. “Alagoas já vem sofrendo diariamente com a falta de água e energia em todo Estado. Nós sempre alertamos sobre isso. O povo é sempre quem paga pela privatização. O privado é bom em cobrar, mas péssimo em entregar o produto como deveria. O povo não aceita mais essa situação e os responsáveis vão ser responsabilizados nas urnas por essas ações”, conclui a presidenta do Sindicato Dafne

Por Ascom Urbanitários

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