Ruana Padilha/Ascom Sesau
A campanha Outubro Rosa, que traz ações de conscientização neste mês, destaca não só a prevenção ao câncer de mama como também os cuidados contra o câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical. A doença se desenvolve na região do colo uterino, parte inferior do útero que se conecta a vagina.
A assessora técnica do Programa Estadual de Saúde da Mulher, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Izadora Nunes, alerta para o tipo de câncer que é caracterizado pelo crescimento anormal e descontrolado das células do colo uterino, geralmente causado por uma infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV).
“O câncer de colo é uma neoplasia maligna, que ocorre no epitélio da cérvice uterina, proveniente de alterações celulares decorrentes da infecção do HPV. Essas alterações celulares vão evoluindo progressivamente e são capazes de transformar lesões precursoras de câncer invasor cervical”, explicou Izadora Nunes.
A doença pode não apresentar sintomas iniciais. Ela pode evoluir para quadro clínico de sangramento vaginal irregular, ou após a relação sexual, apresentar características atípicas como odor, quantidade e coloração, além de dor pélvica, queixas urinárias e intestinais.
“É importante destacar também que alguns tipos do HPV são um fator de risco importante para o desenvolvimento do câncer de colo do útero. Logo, é importante atentar-se também para os sinais e sintomas desta infecção, que se manifesta, principalmente, por meio das verrugas genitais que são pequenas protuberâncias na região genital, que podem ser dolorosas ou coceira”, pontuou a assessora técnica do Programa Estadual de Saúde da Mulher da Sesau.
Izadora Nunes orienta ainda que em caso de suspeita, a mulher deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da residência dela. Ela destaca que os exames de prevenção, rastreamento e o tratamento são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.
“O diagnóstico da do câncer do colo do útero é realizado através do exame citopatológico de colo de útero, popularmente conhecido como Papanicolau. Este exame permite coletar as células do colo do útero para verificar possíveis alterações. Caso o resultado indique algum tipo de alteração sugestiva para o câncer de colo, são realizados exames adicionais como, por exemplo, colposcopia e biópsia da região. Já o tratamento da doença varia conforme o estágio e pode incluir as seguintes abordagens, radioterapia, quimioterapia ou tratamento cirúrgico”, informou.
Izadora Nunes salienta ainda que a educação em saúde é muito importante na forma de prevenir a doença. “É fundamental convencer as mulheres sobre a necessidade da realização do exame de papanicolau, uma vez que a informação é uma grande aliada para o diagnóstico precoce e redução da mortalidade. Outra forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível para meninas e meninos de 9 a 14 anos, em todas as Unidades Básicas de Saúde”, ressaltou.