Maria do Socorro Silva, de 62 anos – Foto: Thallysson Alves / Ascom HGE
Durante o café da manhã, a idosa Maria do Socorro Silva, de 62 anos, percebeu que a sua boca estava dormente. Ao se levantar, uma tontura a obrigou a sentar no sofá e ser amparada por seu marido. A família decidiu logo encaminhá-la à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jacintinho, em Maceió, que identificou o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e, em seguida, a encaminhou para o Hospital Geral do Estado (HGE), que conta com uma Unidade de AVC, onde a vida da aposentada foi salva.
“Eu nunca tinha tido nenhum sinal de que isso estava para acontecer. Mesmo hipertensa e diabética, eu seguia com as recomendações do médico, tomando as minhas medicações e fazendo os meus check-ups. Não esperava que isso fosse acontecer, mas, ainda bem que eu encontrei o atendimento que precisava para ter a minha vida salva”, salientou Maria do Socorro Silva, que não vê a hora de matar a saudade de seus onze netos.
Ela foi mais uma contemplada com o programa AVC Dá Sinais, criado em agosto de 2021 pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e que já beneficiou milhares de alagoanos, através de um aplicativo de telemedicina, que agiliza o diagnóstico. Foi ele que ajudou a equipe médica a identificar a doença e encaminhar o caso para o HGE, que é referência no tratamento de pessoas acometidas pelo popular derrame.
Agilidade na assistência
“Foi muito importante que a família tenha procurado atendimento médico logo no início dos sintomas, isso fez com que ela chegasse aqui no HGE rapidamente e nós conseguíssemos fazer a tomografia computadorizada de crânio, sendo uma parte com contraste. Este atendimento ágil permitiu ver que existia um vaso que estava ocluído e isso impedia que o sangue chegasse a uma determinada área do cérebro dela”, explicou a neurologista Luana Lôbo.
Essa agilidade viabilizou que a equipe multidisciplinar da Unidade de AVC do HGE administrasse o trombolítico, uma medicação capaz de dissolver o coágulo que estava causando o AVC do tipo isquêmico. Uma sequência de atitudes que foram decisivas para hoje a idosa ter recuperado os seus movimentos, todas as suas funções, com expectativa de alta hospitalar nos próximos dias.
“Ela teve uma melhora completa. Teve melhora da fala e da visão dupla que ela relatava estar sentindo. Por isso, nós pedimos às pessoas que se perceberem que repentinamente alguém ficou com a boca torta, com alteração na fala, com dificuldade de movimentar um lado do corpo, com alteração na sensibilidade, com tontura persistente, com visão dupla persistente, busque o quanto antes o atendimento médico, acionando, inclusive, o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] pelo 192”, orientou a neurologista do HGE.
Emoção
Emocionadas durante a visita à mãe, a filha Andrea Barbosa e a nora Doraty Palmeira reconhecem a importância do serviço prestado pela Rede Estadual de Saúde. Elas afirmaram que se não existissem profissionais qualificados, equipamentos tecnológicos, insumos e demais materiais necessários, dificilmente a história teria um final feliz.
“O susto passou, mas o aprendizado ficou. Nós vamos cuidar ainda mais da nossa saúde, mas eu acho importante compartilhar a minha história para que outras pessoas também cuidem do seu bem mais precioso. Não deixem de ir ao médico, pois ele é quem vai dizer o que nós estamos precisando. Eu vou seguir com todos os cuidados, pois a vida é muito boa, é muito bela, e a gente tem que viver”, concluiu Maria do Socorro Silva, mais uma alagoana que teve a vida salva no HGE.
Por Thallysson Alves / Ascom HGE