Trabalho desenvolvido pela equipe permitirá mapear as áreas atingidas, a fim de alcançar duas soluções – Foto: Ascom Defesa Civil de Maceió
Por Marcelle Limeira / Ascom Defesa Civil de Maceió
Dois grupos que integram a Defesa Civil de Maceió estiveram, nesta segunda-feira (13), nas cidades de Marques de Souza, Cruzeiro do Sul e Estrela, situadas no Rio Grande do Sul, e que foram atingidas pelo desastre de chuvas e inundações no estado. Os agentes percorreram as áreas atingidas dos três municípios gaúchos para identificar danos em escolas, hospitais e em residências da região.
“As cidades estão muito destruídas, algo como eu nunca vi antes. Mas é admirável como as pessoas estão sendo resilientes. A nossa ajuda está sendo muito necessária”, relata Gabriel Rosemberg, agente de redução de risco e operador de drone, que fez aerolevantamento nas cidades de Cruzeiro do Sul e parte da cidade de Estrela.
O trabalho desenvolvido pela equipe permitirá mapear as áreas atingidas, a fim de alcançar duas soluções. Primeiro, identificar em quais regiões são seguras para que a população retorne para limpar as residências e retomar a vida. Segundo, identificar imóveis que poderão ser reconstruídos para solicitar, junto às prefeituras dos municípios atingidos, recursos do Governo Federal.
No bairro Tamanduá, na cidade Marques de Souza, a moradora Estela Kaiser agradeceu à Defesa Civil de Maceió pelo trabalho realizado no local. “Agora posso ficar mais tranquila, pois o geólogo que está na equipe avaliou o risco e viu que não há possibilidade de ocorrer outro deslizamento agora, aqui onde estamos alojados. Estou muito grata por ver a Defesa Civil de Maceió aqui e saber que vocês se importam com a gente”, revelou emocionada a moradora, que perdeu sua residência e está em um dos locais de acolhimento.
Nos próximos dias, os planos de trabalho continuarão sendo executados para continuar os levantamentos nas cidades atingidas.
Social
A diretoria social visitou um abrigo e um centro de distribuição de doações na cidade de Marques de Souza. Ela prestou orientações às equipes de trabalho sobre o gerenciamento dos abrigos e distribuição de donativos.
A psicóloga Rosângela Cabral, que acompanha a equipe, também realizou escuta e acolhimento de três famílias. “Há uma fragilidade emocional em todas as famílias que foram ouvidas, pois ainda estão vivenciando o desastre. Mas, apesar das incertezas de como será o futuro, há esperança no olhar delas. É importante que elas sejam ouvidas nesse momento”, explicou.
Alinhamento
No primeiro momento, todos os agentes reuniram-se na base da Defesa Civil Nacional, montada na Universidade Vale do Taquari (Univates), para traçar o plano de trabalho para as cidades onde já é possível identificar os danos em pontes e prédios públicos que serão recuperados ou reconstruídos.
O plano de trabalho também prevê a identificação de áreas que não poderão mais ser ocupadas com residências, evitando que essas comunidades sejam vítimas de outros desastres posteriores.
“Estamos aqui para auxiliar esses municípios na captação de recursos do Governo Federal para o restabelecimento e a reconstrução. Mas, nosso olhar está atento e ajudaremos os nossos irmãos gaúchos em cada necessidade viável”, enfatiza Abelardo Nobre, coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió.
No retorno das ações de campo, os agentes produziram os relatórios com os dados colhidos para alinhar os próximos passos.