Principal orientação para esta época do ano, como também no verão que se aproxima, é uso do protetor solar sempre que houver exposição ao sol – Foto: Edilson Omena
Apesar do alerta de onda de calor para o país nos próximos dias, Alagoas não deve enfrentar temperaturas extremas. Segundo o meteorologista e superintendente de Prevenção em Desastres Naturais da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Vinicius Pinho, o estado está sob influência de uma massa de ar quente e seco, mas é normal para o período.
“A gente vem registrando temperaturas altas, mas dentro do que é esperado para essa época do ano. Aqui, na região metropolitana, a gente está registrando temperaturas na faixa dos 30 e 31 graus. A gente pode ter temperaturas um pouquinho mais altas do que isso. No Alto Sertão, a gente teve alguns registros próximos aos 40 graus, como em Pão de Açúcar, onde registramos no domingo anterior 39.3, mas nada muito acima do que era esperado”, afirma.
Pinho explica que o calor está associado ao fenômeno El Niño. “Ele está bastante intenso e diminui a quantidade de chuva no nordeste brasileiro. Consequentemente, a gente tem menos nebulosidade e maior incidência de radiação solar, resultando em dias mais quentes. A umidade relativa do ar também está muito baixa, em grande parte do estado, principalmente no Agreste e no Sertão, onde a gente vem registrando umidade relativa do ar abaixo dos 20%”, explana.
A Superintendência de Prevenção em Desastres Naturais (SPDEN), da Semarh, que é responsável por monitorar as condições meteorológicas, alertou na terça-feira (14) para a umidade do ar abaixo dos 20% nos municípios localizados nas regiões do Sertão e Sertão do São Francisco. O alerta tem validade até sexta-feira (17).
A presença de sistema de alta pressão, associado a atuação de uma massa de ar seco e quente, inibe a formação de nebulosidade sobre o estado de Alagoas.
Confira dicas para as altas temperaturas
A médica dermatologista Catarina Santos afirma que, quando o corpo é exposto a altas temperaturas, ocorre uma regulação fisiológica da temperatura interna corporal no intuito de amenizar os danos causados.
“Alguns sintomas são: sudorese excessiva, aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, edema (inchaço) principalmente nas extremidades (pela vasodilatação), além de outros sintomas de desidratação como tontura, e confusão mental, o que pode ser particularmente grave em crianças e idosos”, explica.
Segundo Catarina Santos, a melhor forma de prevenir é aumentar a ingestão de líquidos, uso de hidratantes corporais e, no caso de olhos e nariz muito secos, hidratar com soro fisiológico. “Além disso, procurar lugares mais frescos e ventilados na casa, evitar sair nos horários mais quentes do dia, tomar banhos com água fria e procurar vestir roupas mais leves”, afirma.
Para os trabalhadores que ficam constantemente expostos ao sol, a médica dermatologista recomenda a aplicação de uma quantidade adequada de protetor solar, a cada 2 ou 3 horas,
Por Tribuna Independente