Quarteto criminoso é condenado a mais de 90 anos de prisão

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Júri Popular – Foto: TJ/AL/Arte

Passaram-se 10 anos de um crime bárbaro, ocorrido na Fazenda Riachão, zona rural do município de Rio Largo, onde a vítima foi executada diante dos familiares, em frente à residência da avó, transformando a expectativa da chegada do Ano Novo em dor. Era 9h40, do dia 31 dezembro de 2015. Porém, nesta quinta-feira (15), com júri desaforado para a 9ª Vara da capital, e a firme atuação da promotora de Justiça Adilza Freitas na acusação, sustentando a qualificadora de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, o conselho de sentença acatou a tese na integralidade e os quatro acusados de matar Marcelo Elias dos Santos foram condenados e, juntas, as penas somam mais de 90 anos de prisão.

A execução ocorreu no início da manhã, de forma inesperada, quando a vítima e a esposa se preparavam para lavar pratos e roupas. Assim que iniciou as atividades domésticas, auxiliando a sua companheira, Marcelo Elias, desprevenido, foi encurralado por três homens chegaram atirando, enquanto um quarto dava cobertura com um veículo de cor amarela. O assassinato ocorreu diante de familiares da vítima, entre eles a mãe e o irmão identificado como Maciel Elias dos Santos que teria implorado para não matá-lo.

Foi Maciel quem informou para a polícia os nomes dos criminosos: José Ewerton Joaquim da Silva, conhecido como Nem, e José Willames Joaquim da Silva, conhecido como “Lê” (irmãos); Emerson David Lins da Silva, conhecido como “cabelo”; e José Ricardo Simião Lins, conhecido como Ricardo Marchante, com várias passagens pela polícia, sendo o condutor do veículo que deu fuga ao trio executor. O irmão da vítima relatou que Emerson David e José Willames retornaram ao carro, enquanto Ewerton efetuava mais disparos, provavelmente com Marcelo Elias já em óbito.

Condenações

Lida a sentença, José Ewerrton Joaquim da Silva foi condenado a 24 anos e seis meses de reclusão, de prisão em regime fechado, enquanto seu irmão José Willames Joaquim da Silva teve pena de 17 anos e seis meses de reclusão, ambos em regime fechado. De acordo com a sentença, o réu José Ewerton já havia sido condenado pelo crime de roubo majorado, com pena de 5 anos e 4 meses de reclusão, e possui outras duas condenações por tráfico de drogas , no entanto posteriores ao crime julgado. Já o seu irmão, tem condenação por tráfico de drogas , mas também ocorrido em 2021, seis anos após a morte de Marcelo Elias, não podendo os mesmos serem usados para agravar as penas.

Para o homem conhecido em Rio Largo como Ricardo Marchante, o juiz achou viável aplicar pena definitiva de 27 anos, um mês e 15 dias de reclusão, de igual modo em regime fechado. O mesmo já tinha sido condenado a dois anos de reclusão pelo crime de porte ilegal de arma de fogo em janeiro de 2006 e trânsito em julgado em junho do mesmo ano, bem como condenado a 23 anos e 6 meses de reclusão por homicídio qualificado, crime ocorrido em 17 de setembro de 2005 e trânsito em julgado em janeiro de 2011, razão pela qual o juiz utilizou a primeira condenação como maus antecedentes e deixou a segunda pendente de cumprimento ao tempo do crime, para ser utilizada exclusivamente como agravante da reincidência na segunda etapa da dosimetria da pena.

Já Emerson David Lins da Silva foi sentenciado com 21 anos de prisão, seguindo o regime dos demais.

Por Assessoria MPE/AL

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