POR REDAÇÃO
Novas imagens divulgadas nesta quinta-feira (8) mostram parte da perseguição policial que terminou com a morte de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, no último sábado (3), em Palmeira dos Índios, interior de Alagoas. O jovem foi atingido por um tiro durante a ação da Polícia Militar, enquanto pilotava uma motocicleta.
O vídeo, registrado de outro ângulo, mostra Gabriel conduzindo a moto enquanto duas viaturas da PM o seguem. No entanto, as imagens não mostram o momento do disparo que o atingiu nem o suposto tiro que, segundo os policiais, teria sido efetuado pelo adolescente contra a guarnição.
Investigação sob responsabilidade de comissão especial da Polícia Civil
A Polícia Civil de Alagoas designou uma comissão formada por delegados das Diretorias de Polícia Judiciária 1 e 3, além da Delegacia de Homicídios da 5ª Região, para apurar os fatos. A investigação está sob o comando dos delegados Sidney Tenório, Alexandre Leite e João Paulo Tenório.
Versão da Polícia Militar
De acordo com a versão apresentada pela Polícia Militar, Gabriel teria ignorado um sinal vermelho e realizado manobras perigosas com a moto, colocando em risco a segurança de terceiros. Ainda segundo a corporação, o jovem teria sacado um revólver calibre .38 e efetuado disparos contra a viatura, o que levou os policiais a revidarem.
A PM afirmou que os agentes envolvidos seguiram os protocolos e responderam a uma ameaça à integridade da equipe.
Família do jovem contesta a versão oficial
A família de Gabriel nega a versão da polícia e afirma que o adolescente nunca teve envolvimento com armas. Segundo o pai do jovem, no momento da perseguição ele havia saído apenas para comprar alface para a lanchonete da família. Os parentes também denunciaram que foram impedidos de acompanhar o atendimento médico prestado ao adolescente após ele ser baleado.
Afastamento dos policiais e andamento da investigação
Os policiais que participaram da abordagem foram afastados temporariamente das atividades operacionais e transferidos para funções administrativas. A medida, segundo a PM, segue o protocolo adotado em casos que envolvem morte durante ações policiais.
O caso segue em investigação e deve ser conduzido com base em provas técnicas e depoimentos das partes envolvidas.