POR REDAÇÃO
Feira Grande está vivendo um momento de turbulência política após o rompimento entre o prefeito Dário Roberto e o ex-prefeito Flávio do Chico da Granja. A crise teve início com a exoneração da secretária de Finanças, Maria Beatriz, que era uma das principais aliadas de Flávio. O ex-prefeito, até então, exercia uma forte influência sobre a administração municipal, sendo considerado o “manda-chuva” da gestão, interferindo diretamente nas decisões e mantendo o controle sobre diversas pastas.
Flávio, insatisfeito com a exoneração, exigiu a recontratação de Maria Beatriz, mas Dário não cedeu e nomeou seu próprio filho para o cargo de secretário de Finanças. Esse movimento, claro, foi interpretado como um desafio direto à autoridade do ex-prefeito. Além da secretária de Finanças, Dário exonerou outros três secretários ligados a Flávio: Rafael Marlon (Cultura, Lazer e Esporte), Patrícia Medeiros (Educação) – que também é esposa de Flávio – e Rafael Almeida (Transportes).
Essas exonerações evidenciam que Dário Roberto está no controle absoluto da gestão, quebrando a influência de Flávio, que se via como o “supersecretário” de governo da administração. Para selar ainda mais o rompimento, Patrícia Medeiros e o ex-prefeito retiraram de seus perfis no Instagram as referências aos cargos e apagaram todas as fotos com o atual prefeito.
Nos bastidores, Flávio confirmou a aliados políticos que está oficialmente fora da base governista, o que marca o fim de uma aliança estratégica que parecia ser sólida. Em 2020, Flávio foi o grande articulador da candidatura de Dário, desbancando nomes como Capitão Hilton, Dr. Cristian, Dorje Aristides e seu irmão Fabinho Lira, sendo considerado o grande vencedor nos bastidores políticos. No entanto, após o movimento de Dário, o ex-prefeito foi colocado para fora da gestão, dando um “cheque-mate” na política local.
O desfecho dessa crise promete afetar as articulações para as eleições municipais de 2028, gerando novos cenários e alianças políticas.
