POR ASSESSORIA
A chegada do outono traz um cenário familiar para pais e pediatras: o aumento dos casos de viroses em crianças. Segundo a médica Pediatra e Homeopata Simone Luna, é comum observar uma maior circulação de vírus nas mudanças de estação, especialmente durante o outono, período em que as gripes e resfriados se tornam mais frequentes.
De acordo com a especialista, um dos principais fatores que contribuem para a disseminação das viroses é o contato em ambientes fechados, mais comum nesta época do ano. “O contato direto em lugares sem ventilação adequada favorece a propagação dos vírus”, explicou.
A orientação é observar o estado geral da criança. “Se a criança, mesmo gripada, continua brincando, se alimentando, dormindo bem, geralmente não há motivo para alarme”, afirmou. Por outro lado, se houver alteração significativa no comportamento, recusa alimentar persistente ou sonolência excessiva, é recomendado procurar o médico de confiança.
Cuidados para prevenção
A alimentação é apontada por Simone Luna como o principal fator de proteção. Ela alertou para a importância de evitar alimentos industrializados e reforçou a necessidade de manter uma dieta saudável para fortalecer a imunidade. Além disso, a médica destacou ainda que brincar ao ar livre é uma prática saudável, já que a exposição a ambientes abertos reduz o risco de contaminação.
Outro cuidado importante é com as variações bruscas de temperatura, que podem desencadear viroses. “Exposição excessiva ao frio e calor deve ser evitada”, orientou.
Umidificadores: usar ou não usar?
O uso de umidificadores pode ser benéfico apenas em situações específicas, como em ambientes com ar-condicionado. “Fora isso, não há necessidade. Na Homeopatia, identificamos que algumas pessoas são mais sensíveis à umidade, e Alagoas já é um dos estados mais úmidos do país”, observou a médica.
Quando procurar o pediatra?
Sobre febre, tosse e coriza, Simone Luna reforçou que o estado geral da criança deve ser o principal indicativo. Ela lembrou ainda que a febre, inicialmente, é um mecanismo de defesa do organismo. “A febre é um sinal de alerta, mas não deve ser imediatamente combatida com antitérmicos. Durante a febre, o corpo produz anticorpos”, ressaltou. Porém, em casos de histórico familiar de convulsão febril, o acompanhamento deve ser mais cuidadoso.
Vacinação e prevenção
Simone Luna enfatizou a importância de manter a caderneta de vacinação atualizada, seguindo o calendário oficial. Além disso, na prática homeopática, ela recomenda o uso da medicação Thuya occidentalis para minimizar reações vacinais.
Consultas regulares são fundamentais
Por fim, a pediatra completou que as consultas regulares são essenciais, mesmo que a criança aparente estar saudável. “O acompanhamento pediátrico contínuo é o principal instrumento de prevenção. O médico que conhece a criança pode intervir precocemente em qualquer alteração e, na Homeopatia, trabalhamos muito forte na prevenção de doenças”, concluiu.