POR REDAÇÃO
O Papa Francisco foi sepultado neste sábado (26) na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, conforme seu desejo manifestado ainda em vida. A cerimônia foi restrita, sem acesso ao público e sem transmissão ao vivo.
O cortejo fúnebre percorreu pontos simbólicos da capital italiana, logo após a Missa das Exéquias realizada na Basílica de São Pedro. A celebração foi conduzida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais, e marcou o início do Novendiali, os nove dias de luto oficial da Igreja Católica.
No trajeto, o caixão foi transportado no papamóvel por locais históricos como o Coliseu, o Fórum Romano e a Igreja Il Gesù, sede da ordem jesuíta — à qual o pontífice pertenceu. Ao chegar à basílica, os carregadores pausaram diante de um ícone de Maria, local de oração frequente de Francisco. Crianças prestaram homenagem com flores brancas no altar.
Francisco faleceu na segunda-feira (21), aos 88 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral e de insuficiência cardíaca. Sua morte mobilizou lideranças globais: cerca de 50 chefes de Estado compareceram à missa de despedida, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o norte-americano Donald Trump e o argentino Javier Milei.
Construída no século V, Santa Maria Maggiore é uma das principais basílicas papais e já abrigou o sepultamento de sete pontífices, sendo o último Clemente IX, em 1669. Também está ali o túmulo do escultor Gian Lorenzo Bernini, autor da colunata da Praça de São Pedro.
Francisco é o primeiro papa, desde Leão XIII em 1903, a ser sepultado fora da Basílica de São Pedro. A escolha do local reflete sua forte ligação com a igreja, que visitava regularmente para orações antes e após viagens e internações.
A cidade de Roma adotou um extenso esquema de segurança para o sepultamento, com bloqueios no espaço aéreo, drones de monitoramento, equipes antibomba e atiradores de elite posicionados ao redor da basílica.
