Fernando Collor é preso após ordem do STF e cumpre pena na PF de Maceió

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POR REDAÇÃO

O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi detido na madrugada desta sexta-feira, 25, na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Maceió, após ser surpreendido por uma operação quando se preparava para embarcar para Brasília, onde pretendia se entregar às autoridades. A prisão ocorreu por volta das 4h da manhã, no Aeroporto Zumbi dos Palmares, de forma discreta e sem alarde.

Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, Collor permanecerá detido em Maceió até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida o local em que o ex-presidente cumprirá sua pena. A decisão será tomada pelo plenário da Corte, que se reúne virtualmente ainda nesta sexta-feira para referendar a ordem de prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

A detenção do ex-presidente aconteceu poucas horas depois de Moraes ter rejeitado os últimos recursos apresentados pela defesa de Collor. O ministro classificou as alegações da defesa como “meramente protelatórias”. Com a decisão, a condenação de Collor a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro transitou em julgado, ou seja, tornou-se definitiva, sem possibilidade de novos recursos.

Collor foi condenado em 2023 no âmbito da Operação Lava Jato, acusado de receber R$ 20 milhões em propina, por meio de contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia, entre 2010 e 2014. Com essa condenação, o ex-presidente se tornou o terceiro da história a ser preso após a redemocratização do Brasil.

Além de Collor, dois empresários também foram condenados no mesmo processo. As acusações contra o ex-presidente inicialmente incluíam corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e obstrução de Justiça, mas algumas dessas acusações foram descartadas ou extintas ao longo da tramitação no STF.

A defesa de Collor, em nota divulgada na quinta-feira, manifestou surpresa e preocupação com a decisão de Moraes. O advogado Marcelo Bessa, que representa Collor, criticou a decisão, chamando-a de “monocrática” e expressando a discordância com a determinação do Supremo.

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