POR REDAÇÃO
Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (14), o advogado José Weliton, que representa Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, falou pela primeira vez sobre o estado de saúde da jovem, mãe da bebê Ana Beatriz Silva de Oliveira, desaparecida desde a última sexta-feira (11), em Novo Lino, Alagoas. A bebê, com apenas 15 dias de vida, teria sido sequestrada de forma inicialmente relatada por Eduarda, versão que agora é investigada pelas autoridades diante de contradições no depoimento da jovem.
Segundo o advogado, Eduarda apresenta um quadro severo de depressão pós-parto, condição que estaria comprometendo sua estabilidade emocional e física. “Ela não está se alimentando, não está tomando água. Está extremamente fraca, abatida e emocionalmente instável. Os sinais que ela apresenta são típicos de uma depressão pós-parto, o que pode afetar seu discernimento e comportamento”, afirmou José Weliton, pedindo que a sociedade evite julgamentos precipitados e tenha empatia diante do sofrimento enfrentado pela jovem mãe.
A defesa também destacou que Eduarda está sendo acompanhada de perto por profissionais da saúde e que medidas estão sendo tomadas para garantir sua integridade física e mental. “Ela precisa de suporte, não de condenação pública antes mesmo de um esclarecimento total dos fatos”, disse o advogado, enfatizando que a jovem tem colaborado com as investigações, dentro de suas limitações emocionais.
Enquanto isso, a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas segue apurando o caso com cautela. A principal linha investigativa, segundo informações já divulgadas, é a de que a criança possa ter sido vítima de um crime mais grave, hipótese que surgiu após mudanças no relato de Eduarda e ausência de testemunhas sobre o suposto sequestro. Equipes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e outras forças de segurança seguem mobilizadas na região de Novo Lino, com buscas intensificadas em áreas de mata e residências próximas.
Ainda não há confirmação oficial sobre o paradeiro da bebê Ana Beatriz, e a polícia trabalha com a análise de imagens de câmeras de segurança, que mostram o deslocamento da mãe antes do desaparecimento. Familiares, que inicialmente também relataram o sequestro, aguardam ansiosos por respostas e seguem prestando depoimentos à polícia.