Cartaz da Bienal Internacional – Foto: Divulgação
A capital alagoana recebe, entre os dias 31 de outubro e 9 de novembro, a 11ª edição da Bienal Internacional do Livro de Alagoas. O evento acontece no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, e este ano traz como tema “Ritos e Raízes”, evidenciando os laços culturais entre Brasil e África.
A proposta da edição 2025, segundo o diretor da Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal), professor Eraldo Ferraz, é valorizar elementos culturais herdados do continente africano, com destaque para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop). “São diversos aspectos como a língua, a literatura, a dança, a música, a culinária e outros costumes dos diversos grupos do Continente Mãe da humanidade que contribuíram para a formação da identidade cultural do povo brasileiro. Mais, precisamente, homenageando os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa [Palop]: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe”, disse Ferraz.
Em sintonia com a proposta temática, a Bienal homenageia três nomes de referência na preservação da cultura afro-brasileira em Alagoas. A arapiraquense Mãe Neide Oyá d’Oxum será a patronesse da edição. Já Mãe Mirian e Pai Célio assumem os papéis de madrinha e padrinho do evento. “O motivo se deu pela própria temática da Bienal e pela importante atuação na difusão da cultura afro-brasileira e da valorização das nossas heranças e ancestralidade e também porque eles são referências na disseminação dos rituais das religiões de matriz africana em Alagoas, além de serem Patrimônios Vivos do Estado”, revelou o diretor.
A programação da Bienal deve reunir exposições, lançamentos e espaços culturais interativos. Entre as atrações já confirmadas estão a mostra da Pinacoteca da Ufal e o espaço instagramável do Quilombo. Editoras universitárias e comerciais também marcarão presença. “O público que vai frequentar a 11ª Bienal pode ficar certo de que vai encontrar uma variedade de atividades culturais: exposição da Pinacoteca da Ufal, um espaço instagramável do Quilombo; além das editoras universitárias e comerciais que divulgaremos em breve”, afirmou Ferraz.
Considerada o maior evento literário e cultural de Alagoas, a Bienal é também a única do gênero realizada por uma universidade pública no Brasil. A organização é da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com correalização do Governo do Estado. Segundo o professor Eraldo, o apoio governamental é determinante para a realização do evento. “Tendo em vista que a Bienal de Alagoas é organizada por uma instituição pública federal sem recursos financeiros, é imprescindível o patrocínio e o governo de Alagoas, sensível com a cultura do Estado, acredita nessa parceria junto à Ufal, através da Edufal, e chega junto disponibilizando o aporte financeiro para a realização do maior evento multicultural do Nordeste”, apontou.
Na última semana, Ferraz se reuniu com a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas, Mellina Freitas, que reafirmou o compromisso do governo com a Bienal. Segundo ela, o governador Paulo Dantas acompanha de perto os preparativos e apoia diretamente a execução do projeto. “O governador Paulo Dantas já esteve reunido com o reitor Josealdo Tonholo e eles definiram diretrizes importantes para que possamos colocar em prática este grande evento, contando com o apoio de diversos órgãos do estado. A Bienal é um evento que fomenta o hábito da leitura e democratiza o acesso ao conhecimento, movimenta a economia criativa, impulsiona o turismo cultural e fortalece Alagoas como um polo de produção e difusão literária”, afirmou Mellina.
Outro reforço institucional é da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), que, em parceria com a Edufal, lançou edital para publicação de 22 teses e dissertações de Programas de Pós-graduação (PPGs) de Alagoas. As obras serão lançadas durante o evento. “Este edital demonstra, mais uma vez, o compromisso dessas instituições com a disseminação do conhecimento e a valorização da produção acadêmica. Além disso, a parceria entre a Editora da Ufal e a Fapeal é um exemplo de como a colaboração entre instituições pode gerar resultados positivos e contribuir para o desenvolvimento da sociedade”, comentou Ferraz.
Com patrocínio do Sebrae e apoio da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes), a Bienal conta ainda com a parceria das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.
As novidades da programação serão divulgadas nos próximos dias. Para mais informações, acompanhe as redes sociais oficiais da Bienal (@bienaldealagoas no Instagram, Threads e Facebook) e o site, que está em fase final de atualização: bienal.ufal.br/2025.
Por Redação / Assessoria
