POR REDAÇÃO
O Hospital de Emergência do Agreste (HEA), localizado em Arapiraca, realizou recentemente sua terceira captação de múltiplos órgãos, consolidando sua posição como um centro referência em doações de órgãos na região. Desta vez, um agricultor de 28 anos, que havia sofrido um Traumatismo Cranioencefálico (TCE), foi identificado como doador após a confirmação de sua morte encefálica. Com a autorização de sua família, fígado, rins e córneas foram retirados para serem transplantados em pacientes de Alagoas e do Rio Grande do Norte, oferecendo uma nova chance de vida a quem aguardava na fila de espera.
A captação seguiu rigorosamente os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, incluindo exames clínicos detalhados e avaliação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT). Após a confirmação do falecimento, a equipe médica se reuniu com os familiares, que, apesar do momento doloroso, consentiram com a doação.
“Foram capturados o fígado, dois rins e duas córneas, que agora poderão salvar vidas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes que aguardam. A condição clínica do doador possibilitou uma captação ampla e segura”, afirmou Andervan Leão, coordenador da CIHDOTT do HEA.
A operação foi realizada com o apoio da Central de Transplantes de Alagoas e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que contribuíram com a infraestrutura e a logística necessária para garantir a viabilidade dos órgãos. A agilidade e a coordenação entre as equipes foram essenciais para o sucesso do procedimento.
Bárbara Albuquerque, diretora-geral do HEA, destacou a solidariedade da família do doador e o compromisso da equipe médica. “Em um momento tão difícil, a generosidade da família foi admirável. Nossa equipe está preparada para lidar com cada etapa do processo com respeito e profissionalismo, porque entendemos que cada doação representa uma nova esperança para aqueles que aguardam por um transplante”, afirmou.
Esta terceira captação de órgãos reforça o papel do HEA no sistema de transplantes de Alagoas e serve como um exemplo de como a doação de órgãos pode salvar vidas e inspirar mais pessoas a se tornarem doadoras, mesmo diante de momentos de perda e dor.
