Transplantados de rim no Hospital do Coração Alagoano ressaltam humanização na assistência

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Marcelo Alves / Ascom Sesau

Três alagoanos submetidos a transplantes renais no Hospital do Coração Alagoano, em Maceió, se encontraram, coincidentemente nesta quinta-feira (13), Dia Mundial do Rim, durante consultas de acompanhamento de rotina. Na oportunidade, Maria do Socorro Vieira, de 39 anos, Márcia Miranda dos Santos, 43, e José Adailton Pereira, 49, ressaltaram o cuidado que tiveram da equipe multidisciplinar, desde o pré, até o pós-operatório, além de destacarem a importância da assistência humanizada, que contribuiu para acelerar a recuperação do trio após as cirurgias.

Primeiras mulheres transplantadas no Hospital do Coração Alagoano, Maria e Márcia são consideradas irmãs de rins, uma vez que foram submetidas ao transplante no mesmo dia, 17 de outubro do ano passado, e receberam o órgão do mesmo doador. Durante o atendimento multidisciplinar de rotina, as duas permaneciam juntas, deixando transparecer a afinidade nascida dessa experiência de vida.

Natural de Maceió, Maria lembra que em 2021 sentiu os primeiros sintomas de alteração no funcionamento dos rins: tontura e enjoo. “Fui ao médico e já dei início ao tratamento medicamentoso para cuidar dos rins. Passei pouco tempo tomando remédio, pois tive que ir para a hemodiálise”, disse.

Após três anos e dois meses de hemodiálise, Maria entrou para a fila de transplante e, no dia 17 de outubro do ano passado, ela foi transplantada. “O tratamento foi maravilhoso. Foi além do que eu esperava. Fui muito bem cuidada por toda a equipe médica. Não tenho do que reclamar”, afirmou. Maria fez questão de ressaltar o novo hábito adquirido em favor de sua saúde: passou a tomar muita água.

Do município de Craíbas, Márcia contou que tinha predisposição para a doença renal, uma vez que pertencia ao grupo de risco: era fumante, diabética e sedentária. “Comecei sentindo falta de ar. Quando cheguei à UPA, foi constatado que eu tive derrame nos pulmões e já estava com os rins comprometidos. Chequei a ficar 21 dias entubada em uma UTI [Unidade de Terapia Intensiva]”, disse.

Após receber alta da UTI, foi encaminhada para a hemodiálise e entrou para a fila de transplantados em Recife (PE) e Maceió. Foi escolhida em Maceió. No dia 30 de setembro de 2024 fez os exames para o transplante e, em 17 de outubro, foi submetida à cirurgia. “Pense no cuidado e tratamento que eles me deram. Isso ajudou muito no pré e pós-operatório”, disse.

Natural de Maceió, ex-jogador de futebol, com passagens pelo CSA e pelo extinto Corinthians Alagoano, José Adailton disse que em 2021, os rins dele deram sinais de problema, quando começou a sentir falta de apetite, perda de peso e vômitos constantes. “Fui ao médico e constatei que estava com alta pressão arterial e insuficiência renal. Rapidamente me internaram no antigo Hospital do Açúcar, agora Veredas. Fui para a hemodiálise, onde passei três anos nesse processo”, relatou.

O ex-goleiro contou que também teve a oportunidade de entrar na fila de transplantados de rins, sendo escolhido para receber o órgão. “Depois que me inscrevi, passaram-se oito meses e fui chamado para receber os rins. Nunca imaginei que seria tão rápido e que receberia tanta atenção e cuidado”, disse o ex-atleta, salientando também que, atualmente, tem tomado bastante água, o que não fazia até ser acometido pela doença renal.

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