Neide Brandão / Ascom Sesau
Internada no Hospital Metropolitano de Alagoas, em Maceió, a paciente Cícera Lima da Silva, de 76 anos, está em tratamento contra a ascite, popularmente conhecida como “barriga d’água”. A condição, caracterizada pelo acúmulo de líquido na cavidade abdominal, foi desencadeada por uma descompensação cardíaca.
A ascite ocorre quando há um desequilíbrio na circulação de líquidos no organismo, resultando em seu acúmulo no abdômen. Segundo a médica gastroenterologista Joanny Barbosa, essa condição pode ter diversas causas.
“A ascite pode se originar a partir de doenças hepáticas, cardíacas, infecciosas, oncológicas ou renais. A descoberta da origem no paciente direciona o tratamento de cada caso. Portanto, é importante observar o próprio corpo e, no surgimento de condições que sejam fora do habitual, procurar assistência médica”, explicou a especialista.
Entre as causas mais comuns, a cirrose aparece como a principal responsável, pois o fígado doente gera uma condição chamada hipertensão portal, em que uma das manifestações clínicas é a ascite. A insuficiência cardíaca também pode desencadear a condição, um vez que o coração não bombeia o sangue de maneira eficaz.
Isso aumenta a pressão nos vasos e favorece o extravasamento de líquido para o abdômen. Infecções e doenças renais, como a síndrome nefrótica, podem levar à retenção de líquidos, agravando o quadro. Além disso, alguns tipos de câncer, como os que afetam o fígado, ovários, pâncreas ou peritônio, podem causar ascite devido à disseminação de células malignas que comprometem a circulação normal dos fluidos no organismo.
Sintomas e tratamento
Os principais sintomas da ascite incluem aumento do volume abdominal acompanhado ou não de dor, ganho rápido de peso e dificuldade para respirar. O tratamento depende da causa subjacente e pode envolver uso de diuréticos, restrição de sódio na dieta, drenagem do líquido acumulado (paracentese) e, em alguns casos, tratamento cirúrgico.
No caso de Cícera Lima, a equipe médica do Hospital Metropolitano de Alagoas adotou um plano de tratamento que inclui medicação específica, controle da ingestão de sódio e acompanhamento contínuo para evitar novas complicações. A paciente, que já apresenta melhora no quadro clínico, elogiou o atendimento recebido na unidade hospitalar.
“Estou sendo muito bem cuidada aqui no Hospital Metropolitano. Desde que cheguei, a equipe me acolheu com carinho e atenção. Agradeço a Deus e a todos os profissionais que estão cuidando de mim”, afirmou Cícera Lima.
O Hospital Metropolitano de Alagoas se destaca no atendimento de média e alta complexidade, oferecendo suporte especializado para pacientes que necessitam de cuidados intensivos. Casos como o de Cícera Lima reforçam a importância de buscar assistência médica ao perceber sintomas incomuns, garantindo um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.