Maceió, a capital de todos os alagoanos, é conhecida por suas belezas naturais e ampla diversidade cultural. E, para fortalecer a sua identidade e promover o desenvolvimento sustentável, a Prefeitura lançou a candidatura da cidade à Rede de Cidades Criativas da Unesco na categoria Artesanato e Arte Popular.
A candidatura reflete o compromisso de Maceió com a inclusão social e a valorização de comunidades historicamente marginalizadas, especialmente as mulheres, pilares do setor artesanal. Em um horizonte de quatro anos, a designação ampliará a visibilidade internacional, atrairá investimentos e estimulará o intercâmbio de experiências com outras cidades pioneiras.
A candidatura foi liderada pela Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac) com o apoio do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maceió (Iplan). A Agência Sururu coordenou a comunicação, destacando o potencial cultural da cidade. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Semce) reforçou como o artesanato e a arte popular impulsionam o desenvolvimento local, enquanto a Secretaria Municipal de Turismo (Semtur) ajudou com informações sobre como o turismo ajuda no fortalecimento cultural local.
Atualmente, Maceió é o sexto destino turístico mais procurado do Brasil, com o setor hoteleiro frequentemente alcançando 95% de ocupação, de acordo com dados de 2024 do Kayak. A candidatura de Maceió à Rede de Cidades Criativas da Unesco é uma aposta inovadora, que visa transformar a cidade em um laboratório vivo de sustentabilidade, cultura e desenvolvimento econômico.
Ancorada em uma identidade vibrante, expressa nos folguedos, no artesanato e nas tradições afro-brasileiras, indígenas e ibéricas, a cidade conecta os talentos e saberes locais a uma rede global, promovendo a sinergia entre tradição e inovação. Além disso, a adesão à rede impulsionará a criatividade, fortalecerá a educação artística e a preservação dos saberes ancestrais.
Segundo o secretário-presidente do Iplan, Antonio Carvalho, um dos principais objetivos da gestão é transformar Maceió em uma cidade inteligente, focada nas pessoas, enquanto preserva seus aspectos históricos e culturais. “A inovação deve sempre caminhar ao lado da preservação do patrimônio imaterial, pois a verdadeira inovação exige raízes fortes”, afirma.
O secretário destaca que essas raízes são fundamentais para fortalecer a essência de Maceió, além de impulsionar o desenvolvimento econômico de forma sustentável. Com o intuito de concretizar essa visão, a gestão tem estabelecido parcerias internacionais que ampliam o reconhecimento de Maceió, posicionando-a como uma cidade criativa no cenário global.
“Valorizar as riquezas culturais de Maceió não é só uma forma de dar visibilidade ao que temos de melhor, mas também uma estratégia para gerar novas oportunidades e promover o crescimento econômico da cidade”, conclui o secretário.
Alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, essa transformação criará um ecossistema inovador que capacita as novas gerações, fomenta a coesão social e projeta Maceió como referência em sustentabilidade. O foco é pavimentar um caminho para um futuro mais inclusivo, dinâmico, resiliente e próspero, onde cultura e criatividade convergem para transformar a cidade.
Apoio a Políticas Públicas e Inclusão Social
A primeira-dama de Maceió, Marina Candia, destaca que as políticas públicas voltadas para as mulheres são um dos pilares da gestão atual. “Tenho o prazer de apresentar dois programas que mudaram a história do nosso município: o Vestir Massayó, que incentiva o artesanato e estilistas locais a mostrarem o seu trabalho, promovendo a economia circular e criativa; e o Banco da Mulher Empreendedora, que já transformou a vida de mais de três mil mulheres por meio de um crédito social, permitindo que elas empreendam e mudem suas realidades”, explicou Marina.
Cultura Criativa e Desenvolvimento Sustentável
Iniciativas como o projeto Maceió é Massa, o programa Folguedos na Redes, a participação na Bienal do Livro e o novo Parque Literário Educacional empoderam comunidades vulneráveis e valorizam as expressões culturais locais, fortalecendo a identidade e o patrimônio imaterial da região; além de fomentar a diversidade e o diálogo intercultural.
Com o Maceió é Massa, a capital revitalizou o calendário de eventos e fortaleceu a identidade local; com a presença de mais de 80 grupos culturais, incluindo Pastoris, Bois de Natal, Reisados, Cocos de Roda e Guerreiros. Entre 2022 e 2024, Alagoas registrou um aumento de quase 25% no número de trabalhadores em áreas criativas, demonstrando o impacto positivo do setor.
O projeto Folguedos na Rede impactou diretamente 1.200 alunos e indiretamente 4.700 crianças e adolescentes, valorizando 40 mestres folcloristas e fortalecendo a autonomia econômica dos mestres. Além disso, a iniciativa tem promovido a inclusão social e a consciência cultural, minimizando as dificuldades de transmissão dos conteúdos simbólicos da cultura popular para as novas gerações.
A Secretaria Municipal de Turismo (Semtur) tem impulsionado o setor com capacitações, participação em eventos nacionais e internacionais e incentivos financeiros. O plano cultural criativo da cidade abrange cinco eixos estratégicos: democratização do acesso à cultura, proteção dos direitos culturais, valorização do patrimônio, inclusão e diversidade, economia.
O presidente da Fmac, Myriel Neto, destaca o trabalho contínuo de fortalecimento das ligas de quadrilhas juninas, do coco de roda, do bumba meu boi e das escolas de samba. “Estamos juntos, trabalhando para fortalecer as nossas tradições e manter vivas as manifestações culturais que fazem parte da nossa identidade”, afirmou.
O calendário cultural de Maceió é repleto de festividades tradicionais, como o Saurê Palmares, a Festa das Águas e o Xangô Rezado Alto. Além disso, eventos como o Verão Maceió, o São João e concursos de coco de roda e bumba meu boi também fazem parte das comemorações, impulsionando e mantendo vivas as tradições culturais da cidade.
“Juntos, estamos construindo uma cidade que valoriza sua história e projeta um futuro com mais arte, oportunidades e inclusão”, concluiu.
POR ASSESSORIA