Depois de participar, em Brasília, de reuniões da entidade sobre o cenário econômico atual, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), José Carlos Lyra de Andrade, manifestou seu apoio à posição da Confederação Nacional da Indústria (CNI), contrária ao aumento dos juros no país.
Lyra se junta aos demais líderes empresariais representantes das federações da Indústria, em defesa do Documento de Posição “A crise do Crédito no Brasil e o Risco de Alta dos Juros com o Fim da Deflação Chinesa”, divulgado nesta quarta-feira, 11, pela CNI.
“Não há mais espaço para novos aumentos da Selic” – diz a Confederação, alertando para a discrepância entre a taxa de juros brasileira e a de outros países emergentes.
“Os estudos que fazemos mostram que a política de juros nos patamares praticados no Brasil atrasa nosso crescimento econômico e industrial” – ressaltou José Carlos Lyra, ao externar apoio à posição da entidade nacional da Indústria. O dirigente da FIEA defende que todas as federações se juntem numa mobilização ampla, para garantir uma política monetária que aumente a competitividade do parque industrial brasileiro.
No documento em que defende a redução da taxa de juros, a CNI afirma que “cada ponto percentual a mais na Selic representa cerca de R$ 40 bilhões por ano em despesas com juros, impactando negativamente as contas públicas”.
Segundo a entidade, há uma discrepância entre as taxas de juros brasileira e a de países emergentes, como a Índia, cujo endividamento é próximo ao do Brasil, e que tem taxa de juros de 2,16%. Já a China, que tem crescimento econômico robusto, opera com taxa de juros de 1,15% ao ano, expressivamente menor que a brasileira.
Ao destacar esses dados, a Confederação Nacional da Indústria defende que o Brasil aproveite o momento econômico de desaceleração da inflação para reduzir a Selic. “Os estudos de nossa equipe econômica mostram que é possível estabelecer uma relação entre política fiscal, cortes de despesas e política monetária, criando as condições necessárias para uma redução mais expressiva dos juros” – argumentou José Carlos Lyra.
Para o líder da Indústria alagoana, o Brasil não pode ignorar a tendência global de redução das taxas de juros.
POR ASSESSORIA