Professores lançam livro  sobre comunidade quilombola de Pau d’Arco, em Arapiraca

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POR RAFAELA TENÓRIO

O Auditório Professora Bezinha, na Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL),  foi palco de enriquecedoras interações, no último dia 16, no lançamento e divulgação do livro “Gente Quilombola, Territorialidade e Valores, de autoria dos professores Israel Medeiros, Clara Suassuna, Clébio Correia, Ivan Jorge, Joelma Rodrigues, Lourinete Basílio, Marta Rocha e Rita de Cássia Oliveira.

O lançamento do livro reuniu os autores, familiares, amigos, convidados; entre eles o prefeito Luciano Barbosa e a secretária municipal de Educação, professora Eliete Rocha.

 A escritora e professora Marta Rocha, concedeu ao Jornal de Arapiraca uma entrevista, onde falou  sobre a obra que foi fruto de empenho e da sensibilidade dos educadores e dos alunos da Escola de Ensino Fundamental Professor Luiz Alberto de Melo, da comunidade Quilombola da Vila Pau d’Arco, em Arapiraca.

A professora explicou como surgiu a ideia para o livro “Gente Quilombola, Territorialidade e Valores”. Como diz a Mãe Stella de Oxóssi, autora de oito livros e ocupante da cadeira 33 da Academia de Letras da Bahia:  “O que não se registra o vento leva”, ressalta Marta.

 “Não poderiam deixar sem registros conteúdos pedagógicos e culturais de quase duas décadas viabilizando e valorizando o contexto comunitário da Vila Pau D’arco.

Os educadores e alunos da Escola de Ensino Fundamental Professor Luiz Alberto de Melo, tiveram um papel importante nas ações e nos projetos base denominado de construindo identidade Afro Descendente” explica a educadora.

Ainda em entrevista, a escritora ressaltou a importância do reconhecimento da comunidade quilombola de Pau d’Arco pela Fundação Cultural Palmares, em 2006, para este projeto. “A Certidão de Auto Reconhecimento emitida pela Fundação Cultural Palmares a comunidade quilombola  de Pau D’arco, é um documento que tem a importância de legalizar como sujeito jurídico de direito, com CNPJ próprio, uma comunidade que até 2006, não tinha uma identidade para se representar. Era como uma pessoa sem registro de nascimento”, disse Marta Rocha.

Perguntada  pela nossa redação como o livro contribui para o fortalecimento da educação quilombola e da consciência cultural na região, ela disse que o livro simboliza para o cumprimeno da lei 10.639/2003 e  das diretrizes curriculares nacionais para educação das Relações – Raciais  e ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana e oferece sua territorialidade de origens para realização de ações temáticas visibilizatorias da negritude:

Na oportunidade, a professora fez um convite especial para todos os arapiraquenses, para nesta sexta-feira, 30, às 15h na Associação Quilombola para conhecer mais sobre o livro e onde podem ser adquiridos os exemplares. Educadores de todas unidades educacionais do município estarão presentes.

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