Secretaria de Cultura divulga nomes dos novos mestres do Patrimônio Vivo de Alagoas

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Rubério teve seu primeiro contato com o artesanato ainda na adolescência – Foto: Tatiana Almeida/Secult

A Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), divulgou, nesta segunda-feira (12), os nomes dos três novos mestres do Patrimônio Vivo de Alagoas. O resultado final do edital de seleção para registro está disponível na edição do Diário Oficial do Estado (DOE). Para acessar, clique aqui.

Conforme o Decreto 86.100 de 9 de janeiro de 2023, os contemplados para ocupar as vagas foram o mestre do folguedo, Geraldo José da Silva, o artesão Rubério de Oliveira Fontes e a artesã Sônia Maria de Lucena.

A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, destacou a relevância do reconhecimento aos mestres do Patrimônio Vivo e o papel do governador Paulo Dantas no fortalecimento das políticas culturais. “Esses mestres representam a essência da nossa cultura, preservando tradições e saberes que fazem parte da identidade de Alagoas. Reconhecê-los é assegurar que essas manifestações culturais continuarão a inspirar as futuras gerações”, disse.

“Nosso compromisso, reforçado pelo governador Paulo Dantas, é valorizar e apoiar esses guardiões do saber popular, demonstrando que o Governo está comprometido em preservar e promover a herança cultural do nosso estado”, reforçou a gestora.

O programa é financiado pelo Fundo de Desenvolvimento de Ações Culturais (FDAC), com a bolsa de incentivo para os contemplados consistindo no pagamento mensal de 1,5 salário mínimo, conforme estabelecido pela Lei Estadual 7.172/2010.

Conheça os novos mestres:


Mestra Sônia



A artesã Sônia Maria de Lucena teve o seu contato com o bordado de renda singeleza ainda na infância, com uma senhora chamada mestra D. Filó, no município de Marechal Deodoro. Anos depois, com a oportunidade proporcionada pelo projeto “(Re)bordando”, Sônia confeccionou algumas peças com o bordado de renda Singeleza e transformou o seu conhecimento como complemento da renda da sua casa, além de uma terapia para a fase difícil que vinha enfrentando na sua vida.

Mesmo diante de inúmeras tribulações em sua vida, a artesã nunca desistiu do seu dom de bordar, e começou a compartilhar o seu conhecimento com outras mulheres que buscavam aprender o bordado da renda Singeleza, e assim transformaram o aprendizado em ofício e fonte de renda. Hoje, a mestra reside no município alagoano de Barra de Santo Antônio, localizado na região metropolitana de  Maceió, onde continua a cultivar e disseminar essa tradição.

Mestre Rubério





Natural de Piranhas, município do sertão alagoano, Rubério de Oliveira Fontes teve seu primeiro contato com o artesanato ainda na adolescência, se dedicando à carpintaria, ao construir canoas com outros jovens da sua idade. Posteriormente, ele conseguiu uma vaga como ajudante na oficina de carpintaria de Elias Barbosa, onde pôde aperfeiçoar suas habilidades e desenvolver seu talento. Hoje, aos 83 anos, Rubério continua a praticar seu ofício, sendo um dos principais representantes culturais do Baixo São Francisco. Com um estilo único, ele incorpora em cada peça traços de suas memórias afetivas, especialmente as do pai, que trabalhava como serralheiro na rede ferroviária. Suas criações são dignas de uma reprodução fotográfica, capturando com precisão os detalhes da ferrovia.

Mestre Geraldo







Geraldo José da Silva, nascido em Maceió, é servidor público aposentado e desde a adolescência mergulhou nas tradições da cultura popular. Sob a orientação do Mestre Biu, de Bebedouro, com quem aprendeu e aperfeiçoou seu talento, Geraldo fundou diversos grupos culturais, como Coco de Roda, Maracatu, Baianas, Toré de Índio, e Quilombos, todos no bairro do Vergel do Lago. Hoje, ele continua a compartilhar seus vastos conhecimentos culturais com a comunidade, mantendo viva a herança cultural da região.

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