O Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, por meio do Programa Pé Diabético e o Ambulatório de Feridas, realizou mais de cinco mil procedimentos ao longo do primeiro ano de implantação dos serviços na instituição hospitalar. Com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a quem a unidade é vinculada, os dois serviços começaram a funcionar no ano passado.
Entre os procedimentos estão cirurgias vasculares e curativos, por exemplo. No setor vascular do HEA, cerca de 70% dos atendimentos são de pacientes com pé diabético, mas o hospital também recebeu pessoas com doenças venosas, caracterizada por uma alteração na estrutura do sistema venoso nos membros inferiores, quando as veias perdem a função de transportar o sangue de volta para o coração, provocando as famosas varizes.
“A ideia era criar um serviço que fosse uma retaguarda para os pacientes que entram no programa Pé Diabético, já que o paciente internado será submetido ao procedimento que necessita. Posteriormente, ele precisa de uma atenção clínica mais severa, no sentido de evitar infecção ou algum desdobramento da ferida. Com o Ambulatório de Feridas assegurando esta atenção ao paciente, temos a condição de liberá-lo mais cedo para voltar à sua casa. Assim, ele pode terminar o tratamento em regime ambulatorial, aqui mesmo, com o acompanhamento da equipe, no próprio Ambulatório de Feridas do HEA”, explica o cirurgião vascular Achiles Lima.
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O especialista salienta que o Ambulatório de Feridas do HEA é primordial para a rotação de leitos na área vascular. “Temos 10 leitos para esta área, e como há avaliação rotineira, é possível agilizar os tratamentos, abrindo novas vagas para outros pacientes que estão esperando o atendimento e que necessitam receber esta assistência eficiente e qualificada”, afirmou cirurgião vascular.
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A enfermeira Versiane Magalhães, responsável pelo Ambulatório de Feridas do HEA, ressalta que o carinho e profissionalismo são características fundamentais para o acolhimento aos pacientes no HEA.
“Recebemos muitos pacientes que apresentam úlcera venosa crônica, que é o problema de circulação. A equipe determina alguns cuidados, porque é um tratamento a longo prazo, e precisa de um tratamento específico”, explica.
Isso porque, de acordo com ela, são lesões crônicas e de difícil cicatrização e precisam que o paciente siga as recomendações.
“Lidamos com muita empatia, carinho e profissionalismo. Brincamos muito com todos eles e, assim, conquistamos a adesão deles no tratamento”, afirma Versiane Magalhães.
O profissionalismo e o carinho nos acolhimentos conquistam a adesão dos pacientes para que sigam o tratamento em casa. Foto: Pedro Torres/assessoria
Beneficiados
Entre os beneficiados estão pacientes provenientes de diferentes municípios do interior do Estado. A dona de casa Mônica Costa, de 49 anos, trabalha produzindo doces e salgados em Jacaré dos Homens, no Sertão alagoano. Diabética há 30 anos, em setembro de 2023 percebeu o surgimento de uma rachadura no dedão do pé direito. O local estava infeccionado.
“Tudo indicava que eu perderia o pé por causa da infecção. Fui atendida pelo doutor Achiles Lima há cinco meses e ele conseguiu salvar meu pé, tendo que amputar apenas o dedão. Então, venho ao Ambulatório de Feridas para fazer os curativos e receber todo o acompanhamento. No começo, vinha toda semana, mas, agora, como a ferida já está bem melhor, já não é necessário vir tanto ao HEA. A equipe daqui é maravilhosa. Todos dão atenção e são muito amigos e profissionais”, relatou Mônica Costa.
Outra paciente assistida pelo Ambulatório de Feridas do HEA é a aposentada Maria Helena Gomes, de 61 anos, que é diabética, teve um pequeno ferimento no pé direito em um acidente doméstico. A partir da dificuldade de cicatrizar o arranhão, as investigações médicas apontaram também uma veia entupida. Após cirurgia no HEA, ela continuou frequentando a instituição, mas desta vez, apenas para fazer o curativo.
“São dois meses de tratamento e a ferida está sarando. Estávamos todos preocupados, mas o atendimento desta equipe do Hospital de Emergência do Agreste nos tranquilizou, diante do atendimento com muito cuidado e carinho. Só venho para fazer o curativo e ouvir novas recomendações do tratamento”, afirmou a aposentada.
Por Assessoria
“Este reconhecimento da população é a prova do quanto a equipe é sensacional, competente e atenciosa. O setor tem crescido em atendimentos a cada mês, acolhendo pacientes de toda a 2ª Macrorregião de Saúde, que é composta por 46 municípios do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco. O Hospital de Emergência do Agreste amplia seus serviços sempre com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da sociedade”, afirmou a diretora-geral do HEA, a fonoaudióloga Bárbara Albuquerque.