PMs, CACs e lojistas são alvo da PF por suspeita de venda de armas para criminosos em AL, PE e BA

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Desde as primeiras horas da manhã, cerca de 325 agentes dão cumprimento às ordens judiciais – Foto: Assessoria

Uma operação denominada de “Fogo Amigo” realizada pela Polícia Federal (PF), nesta terça-feira, cumpre 20 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão em Alagoas, Bahia e Pernambuco. A ação combate uma organização criminosa, formada por policiais militares, CACs e lojistas, especializada na venda de armas e munições para facções.

A decisão da Justiça prevê ainda o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão da atividade econômica de três lojas que comercializavam material bélico.

Desde as primeiras horas da manhã, cerca de 325 agentes de grupos táticos da PF/BA, da Polícia Militar da Bahia (PM/BA), da PM/PE, da Polícia Civil da Bahia (PC/BA), do Grupo de Atuação Especial de Repressão Crime Organizado da Bahia (Gaeco/BA), Gaeco/PE e Exército dão cumprimento às ordens judiciais.

O Exército Brasileiro fiscalizou lojas que comercializam arma, munições e acessórios controlados nas cidades de Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco.

Em nota enviada à imprensa, a PF explicou que a ação tem o objetivo de desarticular a organização criminosa. “A Polícia Federal, em ação integrada com o GAECO Norte do MP/BA, e com o apoio da CIPE-CAATINGA, BEPI (PM/PE); CORE-Polícia Civil da Bahia; GAECO/PE; FORCE/COGER; CORREG (Polícia Militar da Bahia e de Pernambuco); e Exército Brasileiro, deflagrou, na manhã desta terça-feira (20/05), a Operação FOGO AMIGO, com o objetivo de desarticular organização criminosa formada por diversos policiais militares dos Estados da Bahia e Pernambuco, CACs e lojistas”, diz um trecho da nota.

Os investigados vão responder pelos crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, cujas as penas somadas podem chegar a 35 anos de reclusão.

FOGO AMIGO

O nome da operação faz alusão ao fato de que os policiais integrantes da organização criminosa vendem armas e munições de forma ilegal para criminosos faccionados e que acabam sendo utilizadas contras os próprios órgãos de segurança pública.

A Polícia Federal informou que vai a apuração, na tentativa de elucidar a real amplitude da suposta organização criminosa, bem como identificar outros integrantes.

Por Tribuna Hoje

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