A Defesa Civil Municipal monitora ininterruptamente as condições do tempo com a finalidade de mitigar riscos, principalmente para a população que reside em áreas de maior vulnerabilidade. O órgão segue em nível operacional de atenção com as chuvas que atingem Maceió, nesta quinta-feira (4).
A capital registrou 58 milímetros de chuvas, sendo o maior volume, concentrado na parte baixa da cidade. O acumulado é suficiente para causar transtornos e trazer riscos à população. Durante o dia, o órgão contabilizou duas ocorrências relacionadas às chuvas na capital alagoana, todas elas sem vítimas, sendo um deslizamento no bairro Jacintinho e um desabamento parcial de uma residência no Reginaldo.
“Nossa equipe operacional e social segue de prontidão para atender qualquer chamado. No Vale do Reginaldo nossa equipe esteve no local e constatou que não havia ninguém na residência na hora do sinistro. A família recebeu suporte da equipe social e seguiremos acompanhando essa e outras situações”, disse Abelardo Nobre, coordenador-geral do órgão.
Quando há possibilidades de chuvas mais intensas, o Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (CIMADEC) emite as mensagens de texto com os alertas para a população cadastrada na plataforma.
De acordo com o meteorologista da Defesa Civil de Municipal, Hugo Carvalho, para a próxima sexta-feira (5), a previsão é que o tempo melhore, mas chuvas isoladas sejam registradas. “Ainda teremos registros de chuvas em Maceió, até o final da noite desta quinta, depois a tendência é que o tempo possa melhorar”, disse.
Os maceioenses devem seguir as orientações da Defesa Civil de Maceió para minimizar os riscos e danos que possam ser causados pelas chuvas. A conscientização da população, sobretudo nos dias muito chuvosos, é essencial para a garantia da segurança de todos.
Como acionar a Defesa Civil de Maceió
Em casos de riscos, a população deve ligar para o número 199 ou 156, e descrever o cenário. Uma equipe irá até o local.
RECEBA ALERTAS
O cidadão interessado em receber as mensagens precisa informar o CEP de sua residência para o número 40199, por SMS, de forma gratuita. Há também a possibilidade pelo aplicativo WhatsApp. Enviando uma mensagem para o número (61) 2034-4611 e interagindo com o assistente virtual para compartilhar a localização atual ou escolhendo qualquer outra.
Defesa Civil Estadual segue em alerta na Região Norte
O coronel Moisés Melo, coordenador da Defesa Civil do Estado, disse que assim como Maceió, capital alagoana, a região Norte de Alagoas também foi impactada com o temporal que caiu nessa quinta-feira 94). Conforme a Defesa Civil, em Japaratinga choveu mais de 160 milímetros e provou transtornos na cidade e em municípios vizinhos.
Moisés Melo lembrou que o volume de água que caiu formou um rio de correnteza em Japaratinga, que teve impacto também em Porto Calvo.
Já na capital conforme o órgão choveu cerca de 60 milímetros em algumas horas, quantidade que deixou ruas alagadas e inclusive córrego transbordou, como no bairro da Levada na parte baixa da capital. No Farol, na Rua Sebastião Da Hora, a água invadiu a garagem e o primeiro cômodo de uma residência.
“A tempestade chega de repente e, em Maceió, assim como em outras capitais do Brasil, o maior problema é com o sistema de drenagem, que é bastante antigo e precisa ser recalculado”, alertou o coronel o coordenador.
Ainda conforme o coronel, eventos extremos, como essas chuvas torrenciais, vão continuar acontecendo e os transtornos á população vão aumentar, caso o sistema de drenagem não seja renovado.
Mas, de acordo com a Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídrico (Semarh), as chuvas devem perder força nesta sexta-feira (5). E o tempo deve ficar firme e se prolongar ainda no final de semana.
Vinícius Pinho, superintendente de Prevenção em Desastres Naturais da Semarh, disse que apesar de ter havido uma previsão de chuvas para essa quinta-feira no estado, os meteorologistas esperavam que os níveis pluviométricos fossem fracos ou moderados. Mas, a chuva veio com intensidade e tiveram influência de um fenômeno chamado Cavado.
“É uma área de intensificação que o sistema de baixa pressão atmosférica favorece a formação de nebulosidade. Associado a isso, estávamos com forte calor e a temperatura do oceano próxima da costa muito elevada. Tudo isso somou e fez com que chovesse muito acima do esperado”, explicou Vinícius Pinho.
Por Assessoria
