Na primeira sessão do ano, vereadora Teca Nelma relembrou o crime da petroquímica Braskem – Foto: Assessoria
Os vereadores da capital alagoana retornaram ontem (6), ao trabalho, na Câmara Municipal, depois do recesso parlamentar de fim de ano. Sob o comando do presidente Galba Netto (MDB), a sessão solene da reabertura da 22° Legislatura contou a participação do secretário geral do governo municipal, Júnior Leão, representando o prefeito JHC (PL).
Na oportunidade, o secretário Júnior Leão leu a mensagem do prefeito JHC e fez um balanço das ações do governo municipal, destacando os avanços conquistados pela municipalidade e as principais obras executadas pela atual gestão, como os programas “Renasce Salgadinho” e “Saúde da Gente”.
De acordo com Júnior Leão, “graças ao trabalho do prefeito JHC, Maceió é hoje, quem diria, o destino turístico mais procurado do Brasil, ganhando de destinos consagrados como Salvador, Recife e até Rio de Janeiro”.
O presidente Galba Netto agradeceu a presença de Júnior Leão e demais secretários municipais que compareceram à sessão solene de reabertura da Câmara, dizendo que as conquistas e os avanços da atual administração municipal só aconteceram graças ao trabalho dos vereadores, na aprovação de leis e políticas públicas voltadas para a maioria da população maceioense.
“Se o apoio dessa Casa e o trabalho dos vereadores, nada disse seria possível”, afirmou o presidente da Câmara.
Nos bastidores, as novidades na reabertura da Casa foram a aprovação em primeira votação do projeto da vereadora Teca Nelma (PSD), que proíbe fogos de artifícios com estampidos, em grandes eventos em lugares públicos. A proposta foi aprovada em primeira discussão e ganhou emendas do vereador Cal Moreira (MDB). Além disso, o vereador Samyr Malta (PSD) desistiu de desistir da disputa eleitoral na capital e disse que será candidato à reeleição nas eleições deste ano.
CEI DA BRASKEM
Em seu pronunciamento, na primeira sessão do ano, a vereadora Teca Nelma relembrou o crime da petroquímica Braskem, que culminou no afundamento do solo e na desapropriação de cinco bairros em Maceió. Em março de 2024 o desastre completa 6 anos e permanece em curso.
“Desde o início desse crime muito foi falado, proposto e supostamente realizado. Mas a reparação tão prometida não chegou na conta das vítimas”, relembrou Teca.
A vereadora lamentou a situação de isolamento dos moradores dos Flexais e de Bebedouro, por conta do desastre provocado pela Braskem.
“Hoje as comunidades afetadas ainda lutam pelo mínimo. Mais bairros e famílias vêm sendo atingidas diretamente. Toda cidade sofre os impactos da irresponsabilidade de uma empresa que ainda se recusa em incluir as novas áreas afetadas no seu tão mínimo plano de compensação financeira”, criticou a vereadora.
Teca fez um apelo à Câmara pela instauração da Comissão de Inquérito para investigar os crimes cometidos pela Braskem em Maceió. Teca é autora do requerimento da CEI, que conta com o apoio de 7 vereadores e aguarda mais 2 assinaturas para ser instaurada.
“Eu acredito que nenhum vereador aqui pode aceitar que esta Casa não discuta a perda de 20% do território da nossa cidade. Não podemos nos omitir diante do sofrimento do nosso povo.”
Por Ricardo Rodrigues – colaborador / Tribuna Independente
