Braskem pode retornar com atividades emergenciais

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Mesmo com risco de colapso em mais duas minas, órgão do município pede em documento retomada das atividades na região das minas – Foto: Edilson Omena

Um documento considerado urgente, que foi encaminhado da Defesa Civil de Maceió para o Ministério Público Federal (MPF), solicita que a Braskem retorne com diversas atividades que foram suspensas e/ou paralisadas na região do Mapa de Linha de Ações Prioritárias 05. Segundo o documento, o nível operacional de alerta foi reduzido para o de atenção, onde o risco de colapso é alto, porém não na mesma intensidade que o nível operacional anterior.

“É de suma importância que algumas atividades sejam retomadas para que as ações anteriormente ao colapso da ‘Cavidade 18’ sejam continuadas, uma vez que são totalmente necessárias para o enfrentamento do problema vivenciado nesta capital”, diz trecho do documento.

O documento foi divulgado pela Defesa Civil Estadual após a informação de que o colapso da mina 18, mantida pela Braskem, na região da Lagoa Mundaú, próximo ao antigo campo do CSA, no bairro do Mutange, pode ter afetado as minas 20, 21 e 29, que estão próximas.

No documento, encaminhado no dia 30 de dezembro do ano passado, diz que foi constatado que há uma cavidade no local da mina 18 de 7 metros de profundidade, 78 metros de comprimento e 46 metros de largura, gerando um valor de 25 mil metros cúbicos de volume, ou seja, algo muito bem localizado.

Por meio de nota, a Braskem informou que foi notificada pela Defesa Civil Municipal sobre as recomendações de retomada das atividades emergenciais e prioritárias definidas pelo órgão na área de desocupação.

A empresa disse ainda que o trabalho de vigilância patrimonial já foi restabelecido, e o plano para a retomada das atividades citadas no ofício nº 991 – COMPDEC/2023, como as demolições emergenciais e estabilização na Encosta do Mutange, está em elaboração, seguindo todos os protocolos de segurança.

Segundo a Braskem, os acessos continuam restritos para a área de resguardo, mediante autorizações específicas da DCM e com a aplicação de protocolos de segurança próprios para a área.

Ainda no documento, constam seis recomendações diretas a Braskem e à Força Tarefa, que monitora a situação no entorno das minas no Mutange. Entre elas: a criação e execução de um plano de monitoramento emergencial para as cavidades 20, 21 e 29; verificação da possibilidade do preenchimento das cavidades próximas a mina 18 com material sólido; e a atualização dos protocolos de sinkhole e sismo único baseado nos acontecimentos e dados locais.

Por Tribuna Independente

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