“O povo na rua, Braskem a culpa é sua!” foi uma das palavras de ordem que ecoaram na manhã desta quarta-feira (06) nas ruas de Maceió. Moradores dos bairros atingidos pela exploração da salgema, estudantes, professores, partidos políticos e movimentos sociais se concentraram na Fernandes Lima e caminharam até o centro da capital alagoana reivindicando a culpabilização da mineradora responsável pelo maior crime ambiental em perímetro urbano do mundo.
Entre as faixas e cartazes, moradores dos Flexais também pediram a inclusão no mapa de risco para que possam receber indenizações devidas.
A vereadora Teca Nelma participou do ato e defendeu a criação de uma Comissão de Inquérito na Câmara de Vereadores para que os parlamentares tenham acesso aos acordos firmados entre Prefeitura e Braskem. “Ninguém pode ficar impune, lutaremos por justiça”, afirmou a vereadora.
Na terça-feira , um documento sigiloso, até então, foi divulgado e apontava que a Defesa Civil de Maceió já estava ciente do aumento da movimentação do solo na mina 18, no bairro do Mutange desde setembro. Essa informação só foi compartilhada com a sociedade no último dia 29, dois meses depois, em que moradores tiveram que deixar as suas casas de maneira abrupta.
Ao chegar em frente ao Ministério Público de Alagoas, o Fórum Alagoano em Defesa do Sus entregou ao Procurador de Justiça José Antônio Malta Marques um documento de denúncia das ações da empresa, destacando os problemas de saúde grave gerados pelo crime em boa parte da população atingida pelo crime ambiental. Mais de 6 entidades estaduais e nacionais assinaram o documento.
Na terça-feira, também aconteceu um protesto contra a empresa. Em São Paulo, militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) denunciaram a exploração desenfreada da empresa na sua sede. Eles reivindicaram que o Estado Brasilieor tome as medidas necessárias para que a empresa seja penalizada.
Por Redação