Silvania Barbosa disse que o problema da falta de vagas nos cemitérios é antigo, mas será resolvido – Foto: Assessoria
A falta de vaga nos cemitérios públicos de Maceió tem sido analisada pela Comissão Especial criada pela vereadora Silvania Barbosa (MDB), criada no final de agosto. Desde então já foram realizadas duas reuniões entre os integrantes, que são os vereadores Siderlane Mendonça (PL), Luciano Marinho (MDB), Pastor Oliveira (Republicanos), Rodolfo Barros (PSB), Brivaldo Marques (MDB), Chico Filho (MDB) e Fábio Rogério (PSB).
Uma dessas reuniões contou com a presença do diretor-presidente da Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb), Moacir Teófilo. A Coordenação de Serviços Funerários do Município informou à Tribuna Independente que segue com trâmites administrativos para a construção de um novo cemitério. “No entanto, atualmente, todos os sepultamentos solicitados são resolvidos no mesmo dia”, afirmou.
Para Silvania Barbosa, essa é uma demanda urgente e já havia sido feita, também, pelo próprio presidente da Câmara de Vereadores, Galba Netto (MDB), que chegou a apresentar uma indicação sobre a necessidade de um cemitério público na parte alta. Para a parlamentar, agora é o momento de ser formalizada as discussões em busca de soluções.
“A motivação dessa comissão todos já sabem que é a falta de local para sepultamento de pessoas em Maceió. Nós vereadores já fomos procurados por pessoas sempre com dificuldades. Então agora esse tema será abordado como deve e com a busca de soluções junto ao Poder Executivo”, destacou Silvania.
O vereador Siderlane Mendonça (PL) também reconheceu a importância do acompanhamento da Casa sobre a situação dos cemitérios. Ele informou que aguarda a evolução dos debates para apresentar detalhes das informações que já apurou sobre a existência de um cemitério público vertical em Itapevi em São Paulo.
“Estive me empenhando em buscar soluções sobre essa questão desde maio. Agora, que as coisas estão amadurecendo, quero registrar que já fizemos visitas em áreas e locais no bairro Benedito Bentes. Já mantivemos contatos com setores do município. E o PL da construção dos cemitérios verticais públicos em breve estará nesta casa”, adiantou Mendonça.
RISCO DE COLAPSO
Em junho deste ano, o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL) e a Defensoria Pública da União (DPU) emitiram uma recomendação conjunta direcionada à Braskem, ao Município de Maceió e ao Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros (GGI dos Bairros), por conta do risco eminente de colapso nos cemitérios públicos de Maceió.
Segundo a assessoria de imprensa do MPF, o objetivo da recomendação é garantir a implementação de todas as medidas necessárias para o restabelecimento das obras de ampliação do Cemitério São Luiz, no bairro Santa Amélia, bem como elaborem e informem o plano para o ressarcimento definitivo do Cemitério Santo Antônio, no Bebedouro, com o respectivo cronograma.
De acordo com as instituições, o aumento da área do cemitério, localizado no bairro Santa Amélia, é uma medida essencial, embora paliativa, para amenizar os impactos da interrupção dos sepultamentos no Cemitério Santo Antônio, situado no bairro de Bebedouro, afetado pelo afundamento do solo causado pela exploração de sal-gema realizada pela empresa Braskem em Maceió.
PROBLEMA ANTIGO
A vereadora Silvania Barbosa disse, por meio da sua assessoria, que a falta de vagas nos cemitérios de Maceió é um problema antigo, mas que dessa vez será resolvido, porque há essa vontade política do prefeito JHC (PL).
“Todos nós sabemos que a falta de vagas em cemitérios públicos de Maceió é um problema tão sério, quanto urgente e antigo. Acredito que a diferença é que agora não temos uma ação isolada, mas uma frente de parlamentares envolvidos. Além disso, temos um Executivo Municipal que se mostra disposto a tirar a solução do papel”, afirmou Silvania Barbosa.
“Essa atmosfera política é a combinação que talvez tenha faltado em anos anteriores para enfrentar de frente essa demanda que é de total responsabilidade do poder público. Eu acredito que nunca estivemos tão perto de solucionar a insuficiência desses espaços públicos, quanto agora”, concluiu a vereadora.
Por Thayanne Magalhães / Repórter com Tribuna Independente