A Câmara dos Deputados deve receber até o fim deste mês um documento pedindo a abertura da CPI das Joias. Para isso, os deputados Túlio Gadelha (Rede-PE) e Rogério Corrêa (PT-MG) começaram a coletar assainaturas.
Eles atuaram de forma intensa na última semana e conseguiram o apoio de 111 parlamentares. São necessárias 170 assinaturas para legalizar a criação da nova CPI. Os deputados acreditam que até o fim desta semana atingirão a meta.
A dúvida que paira no ar é se o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), instalaria a comissão. Há outra CPI aguardando na frente, a das pirâmides financeiras.
Ademais, é necessário aguardar o término da comissão do MST, em 14 de setembro, para abrir espaço para implementação de novas CPIs na casa.
Joias da União vendidas nos EUA
A ideia da CPI é investigar cada detalhe das joias que foram presenteadas ao governo brasileiro, durante a gestão Bolsonaro, e que foram incorporadas ao patrimônio pessoal do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e que alguns kits foram vendidos em shoppings nos Estados Unidos.
A operação de venda foi coordenada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, e pelo pai dele, o general Lourena Cid, segundo as investigações da Polícia Federal.
Os deputados que pretendem a CPI acreditam que o negócio do roubo das joias do tesouro e a venda nos Estados Unidos, consistem apenas em uma parte da corrupção praticada no governo passado e que agora, aos poucos, vai se revelando. Por isso entendem que é fundamental a CPI para investigar muito mais.
Por Éassim
Foto: Alan Santos/PR