Mortes: Dedicou a vida à defesa dos direitos dos trabalhadores

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São Paulo Nascido em São João da Boa Vista (a 218km da capital paulista) no dia 8 de agosto de 1950, João Batista Inocentini era metalúrgico de profissão, mas dedicou sua à luta pelos direitos dos trabalhadores.

Formado no curso técnico do Senai, ele iniciou na carreira como auxiliar de ferramenteiro 1971. Dois anos depois na Volkswagen, entrou para o sindicato da categoria, onde conheceu Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No mesmo ano, na Vermag, participou da primeira greve, que durou 40 dias.

Nesse período, foi preso pela primeira vez na ditadura militar, o que ocorreria mais duas vezes outras mobilizações. Durante a década de 1970, manteve-se ativo no sindicalismo e fez parte do movimento que lançou Lula a presidência  do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo que ressaltou nos movimentos grevistas no ABC paulista.

“O João foi um dos fundadores do PT e da Força Sindical. Em 1985, participou do movimento das Diretas já, na redemocratização dos pais. Sempre foi um sindicalista bem atuante”, conta Carlos Afonso Gallete Júnior, 47, genro de advogado do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados , Pensionistas e Idosos), fundado por Inocentini no ano de 2000 e que se tornou a maior entidade da categoria na América Latina, com 509 mil filiados e 80 subsedes espalhadas por nove estados brasileiros.

Em nota oficial, o presidente Lula se solidarizou com os familiares do amigo. “Defensor dos direitos dos aposentados, atuou de forma incansável pelo aprimoramento  de políticas públicas  voltadas para essa categoria. João fará falta neste momento em que discutimos a melhoria  da qualidade do trabalh0 no mundo.”

Quando não estava trabalhando, João Feio, como era conhecido no meio sindical, gostava de ficar em seu sitio em Jarinu (SP)  e de pescar. Corintiano, outra de suas paixões era o futebol.  Também adorava um Churrasco. Há cerca de três  anos João usava marcapasso  para corrigir uma insufiência  cardíaca

No mês passado, ele começou a sentir a dores nas costas e foi diagnosticado com pneumonia, que demorou para ser tratada. Ele foi internado no Hospital do Coração, onde sua situação piorou e evoluiu para uma infecção generalizada, Inocentini morreu no dia 6 de agosto, de choque séptico pulmonar, após 15 dias internado. Ele deixa mulher, Neusa, as filhas Elaine, Tônia, Gabriela, e quatro netos.   

Fonte: Folha de São Paulo/ Por Claudinei Queiroz

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