Foi com uma submetralhadora do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Rio de Janeiro, que o ex-policial Ronnie Lessa, matou a vereadora Marielle Franco (Psol) e Anderson Gomes, o assessor que dirigia o carro para ela.
Foi o que revelou o ex-policial Élcio Queiroz, em depoimento, já homologado pela Justiça. O ex-militar e hoje miliciano também confessou a participação no assassinato e detalhou a ação criminosa. Segundo ele, o responsável pelos disparos foi Ronnie Lessa.
Disse ele que a submetralhadora MP5 teria sumido após o paiol do Bope pegar fogo. “Houve um incêndio no Batalhão de Operações Especiais, no paiol, e essa arma foi extraviada. Essa e outras armas foram extraviadas nesse incêndio aí e essa arma ficou com uma pessoa que eu não sei quem é. Essa pessoa conseguiu fazer a manutenção dela e vendeu para ele [Ronnie Lessa]”, disse Élcio..
Na delação, Élcio diz que Lessa teria deixado a submetralhadora com um amigo policial. “Quando estávamos presos, ele me falou que tinha receio, porque havia “umas coisinhas” dele, conforme ele falou, com o [amigo policial], o que me leva a crer que, diante do “carinho” que ele tinha pela arma e a forma que ele falou, “coisinha” poderia ser a arma.”
Antes disso, Lessa teria dito para Élcio que havia “picado” a arma e jogado no fundo do mar da Barra da Tijuca em “uma parte que dá 30 metros”. Élcio alega, no entanto, não acreditar nessa versão, pois, em uma visita à casa de Lessa, encontrou o colega mexendo em um silenciador compatível com o utilizado na submetralhadora.
Por Éassim