Sete pessoas vítimas de queimaduras foram atendidas, nesse fim de semana de São João, nas duas unidades de emergência da Rede Estadual de Saúde do Estado. Seis delas estavam no interior de Alagoas e buscaram atendimento no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, e uma delas no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió.
Conforme balanço divulgado nesta segunda-feira (26), os dois hospitais atenderam 524 pessoas no fim de semana, sendo 217 no HGE e 307 em Arapiraca. Referência para os moradores dos 46 municípios que integram a II Macrorregião de Saúde, composta pelo Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, o HEA assistiu 76 feridos em acidentes de trânsito. Deste total, 45 casos foram de vítimas de acidentes envolvendo motocicletas.
No sábado e domingo também foram acolhidas sete pessoas por agressão, sendo três por agressão corporal e quatro por agressão por arma branca. Ainda foram atendidas 18 pessoas por corpo estranho no ouvido, ou olho, ou narina ou ainda garganta. Por causa de picada de escorpião, foram atendidas 12 pessoas. Além delas, três foram acolhidas por mordida de cachorro. Os profissionais do HEA realizaram sete procedimentos cirúrgicos.
Já no HGE, referência para os 56 municípios da I Macrorregião de Saúde, formada pela Grande Maceió, Zona da Mata e os litorais Norte e Sul, do total de pacientes assistidos no fim de semana de São João, 33 foram por acidentes casuais, 15 por agressões, 25 sofreram acidentes de trânsito e 141 apresentaram casos clínicos.
Queimadura de 2º grau
Entre os pacientes assistidos no fim de semana de São João, o HGE registrou a admissão de Allef José Evaristo da Silva, de 29 anos, que teve pernas, braços e rosto lesionados após tentar acender, com gasolina, sua fogueira junina. O acidente ocorreu em um sítio localizado na Região Metropolitana de Maceió e o quadro de saúde dele é estável.
A admissão aconteceu no domingo (25), mas o acidente ocorreu na véspera do dia de São João. Ele disse que foi acender uma fogueira para celebrar a data, quando achou que nos galhos ainda não existia fogo e, dessa forma, lançou o combustível. O resultado foi uma explosão assustadora, porém não suficiente para acreditar que precisava de atendimento médico imediato.
“No momento do acidente eu estava sozinho. Corri para o banheiro e fiquei debaixo d’água. Depois de alguns minutos, eu mesmo me enxuguei e passei pasta d’água onde sentia a pele irritada. Fiquei em casa até não aguentar mais. Ontem pedi aos meus familiares para me levar à UPA [Unidade de Pronto Atendimento] da Cidade Universitária, que me encaminhou ao HGE”, relatou Aleff, que sofreu queimaduras de segundo grau.
A atitude de Aleff foi perigosa, uma vez que as suas lesões não foram inicialmente tratadas adequadamente e podem ser portas de entrada para agentes causadores de infecções. O cirurgião-plástico Fernando Gomes orienta que, após a imersão em água fria, é importante, logo após, a procura por atendimento especializado em casos mais graves, sem a utilização de remédios caseiros, tampouco a automedicação.
Por Assessoria