Um servidor público denunciou um policial militar por agressão e tortura durante uma abordagem em Atalaia, interior de Alagoas. O fato teria ocorrido no último domingo (11). Na manhã desta terça-feira (13), a vítima contou detalhes do caso a um programa de TV local. No entanto, ele preferiu não se identificar e tampouco o militar.
“Ele disse que eu desobedeci, sendo que eu não vi e nem ouvi essa ordem de parada. Eu perguntei se ele tinha algum problema pessoal comigo, já que já tinha me multado antes indevidamente, e disse a ele que, se ele tivesse algum problema, poderíamos resolver em outro momento. Ele se sentiu ameaçado”, falou a vítima para a reportagem do programa.
Ainda de acordo com o servidor, foi após essa fala que as agressões iniciaram. Segundo ele foram socos e chutes, além de ameaça de morte. A vítima disse que após isso já registrou o Boletim de Ocorrência.
“Ele colocou a arma na minha cabeça e disse que se eu não fosse embora da cidade, ele iria me matar. Ele me espancou muito, foi muito sério o que ele fez”, relatou.
A reportagem do não teve acesso ao nome do militar alvo da acusação, e por isso, não foi possível localizar sua defesa. Mas, a Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) disse em nota, que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta dos seus integrantes durante o serviço policial e orientou que denúncias sejam feitas na Corregedoria.
A ocorrência está sendo acompanhada pelo Conselho Estadual de Defesa de Direitos Humanos. O presidente do conselho, o promotor Magno Alexandre, criticou a abordagem policial.
“É um crime contra os direitos humanos. Isso não pode acontecer, queremos uma polícia cidadã, que demonstre nas suas ações que está cuidado das pessoas e não agredindo”, afirmou.
A Prefeitura de Atalaia também se pronunciou sobre o ocorrido e disse que repudia qualquer tipo de violência no município. Em nota, a gestão disse que vai apurar a suposta agressão envolvendo o servidor do município.
Por Redação com TV Gazeta