…E o Pastor chamou a Ovelha Negra!

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Foi-se embora a dama do rock brasileiro, Rita Lee; “Não sou exemplo para ninguém, mas fiz muita gente feliz!”
Final do século XX, nos idos de 1960, era o estrondo sonoro chamado rock and roll, estilo musical que irradiou o rock surgido aqui no Brasil, bem aqui, na república das bananas. O Rock, mais que um ritmo, era um jeito de ver, viver e cantar a vida. Tratamos do início da Psicodelia, movimento de apartação das regras sociais, dos conceitos rígidos que premiavam, por exemplo, a vontade imperial dos homens(sexo masculino), sobre todas as coisas, e muito principalmente, sobre a condição feminina, àquela época, seres de importância intermediária.
Rita Lee Jones de Carvalho foi uma cantora, compositora, multi-instrumentista, atriz, escritora e ativista brasileira.
Seus primeiros passos, para o estrelato, foi cantando em uma banda de rock brasileiro; Os Mutantes!
Apesar de alguns sucessos, respeito e admiração adquiridas, Rita, segundo ela mesma, sofre com o machismo remanescente, até então, e praticamente é banida daquele grupo. Isso não quer dizer que o instituto do machismo tenha se afastado dos nossos costumes, ainda.
Mesmo dentro daquela revolução de comportamento, o Rock era para homem, não tinha muita força empunhada por uma mulher.
O status masculino, aqui no Brasil, ainda imperava com a força destruidora de uma bomba de 20 megatons.
Então, solando a sua carreira, o estrondo foi ainda maior. Rita arpejava, em sua genialidade, um rock daqui, da terra das bananas.
Baladas homéricas embalavam os sonhos daquela população que assistia a tudo, como ouvintes da mais pura expressão brasileira.
Rita abalou e o povo se fez feliz e sorriu!
Mas eis que o pastor assobiou, lá de cima, e a ovelha negra mais amada do Brasil, subiu!

Fonte: Jornal Interior/ Carlo Bandeira

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