A cadeia produtiva do artesanato gera emprego e renda para milhares de pessoas em Maceió.

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É no fim da alta temporada que a cadeia produtiva do artesanato em Maceió faz as contas da comercialização com o movimento do turismo, apesar de que a economia com a atividade continua em movimento o ano inteiro, com moradores locais apaixonados pela produção de formas de artesanato dos mais belos produzidos no Brasil, como o bordado filé.

 Dois bons exemplos: a temporada de cruzeiros 2022/2023 rendeu bons frutos para os artesãos alagoanos ligados ao Alagoas Feita à Mão. Durante os 3 meses foram vendidas 467 peças artesanais, totalizando mais de R $21 mil e beneficiando 714 profissionais. Durante a passagem por Maceió, os turistas eram recebidos com apresentações culturais e com uma feirinha onde eram comercializados os produtos do Alagoas Feita à Mão, entre peças artesanais diferentes, como produtos feitos com o bordado filé, técnica declarada patrimônio imaterial de Alagoas.

Já na Praça Gogó da Ema funcionou um dos pólos de economia criativa do Verão Massayó. O polo foi sucesso de público, atendendo turistas e maceioenses. Durante 50 dias de exposição, os artesãos conseguiram aquecer a economia com a movimentação de mais de R$ 93 mil em negócios fechados no local. Cerca de 180 artesãos foram beneficiados com a exposição organizada pela Prefeitura de Maceió, que apresentou ao mundo a verdadeira arte produzida pelas mãos dos mestres da cidade. Foram contemplados 18 empreendimentos da Economia Solidária participando em forma de rodízio, 18 artesãos do Mercado do Artesanato e 71 rendeiras do Pontal da Barra. 

O artesanato é um dos principais pilares de um modelo econômico que agrega pessoas.  Pelas mãos de artistas espalhados pelo Brasil, o ofício de transformar em arte a ampla variedade de tipologias de fibras, cerâmica, madeira e bordados vem passando por um importante momento de transição, onde deixa de ser visto como atividade de lazer e passa a ter um papel econômico, gerando empregos em todo o país. De acordo com um último levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mais de 8,5 milhões de pessoas trabalham com o artesanato no Brasil. Juntos, estes empreendedores movimentam mais de R$ 50 bilhões por ano.

Em Alagoas, temos atualmente 13.300 artesãos registrados no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab) e 60% destes artesãos vivem somente da produção artesanal. E mais de 80 por cento desse total são de artesãos que vivem em Maceió, nos diversos pólos da cadeia produtiva.

FEIRA DO ARTESANATO DA PAJUÇARA: Localizada à beira-mar da praia da Pajuçara, com cerca de 200 lojas, praticamente em frente ao Pavilhão do Artesanato, a Feira reúne uma infinidade de itens por preços acessíveis, ao som do forró como trilha sonora do passeio. Roupas de renda, biquines, redes de descanso, brincos, itens de decoração, toalhas de mesa, são apenas alguns dos itens que você encontrará na Feira do Artesanato da Pajuçara, onde todos os itens têm o caprichado traço do artesanato alagoano.

PAVILHÃO DO ARTESANATO: Localizada em um prédio de 3 andares, com os mais variados tipos de itens artesanais e guloseimas da gastronomia local, o Pavilhão é o lugar perfeito para passear e fazer compras. Os artigos de palha e coco se misturam com as barraquinhas de castanhas e guloseimas, em um clima super descontraído.

FEIRA GUERREIROS DA ARTE: NA Praça Lions, também na Pajuçara, encontra-se uma pequena feira que comercializa itens de vestuário, acessórios, roupas de praia e peças de artesanato. Apesar de pequena, vale a pena visitar o local, que fica a algumas quadras da praia e conta com uma variedade significativa de opções.

PONTAL DA BARRA: O Pontal da Barra é um dos bairros mais antigos de Maceió, fica às margens da exuberante Lagoa Mundaú. O bairro é referência do artesanato, na linha de bordados, como Filé, renda e labirinto.

MERCADO DO ARTESANATO: No centro de Maceió você encontra o Mercado do Artesanato. Os 280 boxes do Mercado do Artesanato reúnem os mais variados itens, desde produtos feitos na renda típica alagoana, o Filé, a móveis de madeira. Existem barracas especializadas em calçados e bolsas de couro, redes, colchas, tapetes, lustres de palha, itens para serviço como toalhas de mesa, guardanapos e jogos americanos bordados.

MERCADO DAS ARTES 31 JARAGUÁ: No coração da área portuária de Maceió, o bairro histórico de Jaraguá ganhou um espaço de mais de 2800 metros quadrados com artesanato, gastronomia e música ao vivo. Com 119 lojas, o Mercado surgiu da ideia de termos um espaço de referência, onde o público pudesse desfrutar do artesanato e da cultura da região. Um lugar para receber a família, com produtos de qualidade, boa gastronomia e apresentações culturais.

Fonte: Jornal de Arapiraca /Claudio Bulgarelli

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