Nas últimas semanas, casos de violência em escolas impulsionaram o debate sobre a saúde mental de adolescentes, assim como o impacto das redes sociais nestes episódios. Será que os conteúdos disseminados nas redes sociais, na deep web ou nos videogames podem incentivar casos de extremismo? Para Luana Dantas, Psicóloga e Psicanalista na Holiste Psiquiatria, certas “bolhas virtuais” representam risco, mas também é preciso questionar por que sempre na escola?
“Seja no Brasil ou em outros países, esta cena se repete nas escolas. Para entender este fenômeno, é importante pensar naquilo que a escola simboliza. A sala de aula é o espaço da diversidade, é onde aprendemos a conviver com as diferenças. A repetição é importante porque chama atenção que o local que deveria ser palco de um aprendizado sobre como lidar com a multiplicidade se torne o cenário dessas cenas de radicalização, do rompimento com o laço social”, analisa a profissional.
Para a psiquiatra Lívia Castelo Branco, da Holiste Psiquiatria, os casos de violência extrema em escolas, como o que vitimou a professora Elisabeth, esfaqueada por um aluno enquanto fazia chamada em uma turma da Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na Zona Oeste de São Paulo, revisitam a importância do debate sobre saúde mental de adolescentes em idade escolar, neste período da vida, alguns sintomas que poderiam indicar a necessidade de acompanhamento médico podem se confundir com a fase de descobertas e angústia que marcam esta fase.
“Nesses episódios de violência extrema, sempre consideramos a existência de um transtorno mental de base, como um transtorno psicótico, bipolar ou o que chamamos de transtorno de conduta, que é uma maneira disfuncional de expressar a personalidade que está sendo formada pelo indivíduo. Geralmente, estes problemas apresentam alguns sinais, como mudanças de comportamento, queda no rendimento escolar, e algumas falas que podem até ser sutis, mas às quais devemos ficar atentos”, aponta.
Saúde mental nas escolas
Na sala de aula, a psiquiatra ensina que, apesar de alguns comportamentos que podem indicar uma fase de sofrimento emocional ou mental mais grave, uma dica para professores e coordenadores é prestar atenção nas reclamações dos outros estudantes. “Queda no rendimento escolar, isolamento, mudança de comportamento, podem ser indícios. Todavia, é comum que em casos semelhantes, colegas de turma anunciem com antecedência sobre um comportamento estranho de um estudante, uma postagem ameaçadora nas redes sociais ou até mesmo que a sala se recuse a fazer trabalho em grupo com determinada pessoa”, explica.
Para Luana Dantas, também é importante ouvir os adolescentes, inclusive o que em muitos casos não é dito com palavras, mas que surge por atos e comportamentos. Nestes casos, complementa Lívia Castelo Branco, é preciso avaliar se esse aparente desconforto de muitos estudantes em relação a um colega, não merece um encaminhamento mais assertivo por parte da instituição, como uma conversa com os responsáveis ou uma recomendação para uma consulta com um psicólogo ou psiquiatra, sendo os profissionais que poderão trabalhar para atenuar esse sofrimento emocional que, na maior parte dos casos, são questões pontuais, mas que merecem ser acompanhadas para o bem-estar de todos.
Ainda assim, as profissionais destacam que é importante não reforçar estigmas e preconceitos sobre saúde mental, pelo contrário, o ideal é investir na informação e acolhimento profissional de crianças e adolescentes que possam estar passando por períodos de crise. Quando o assunto é saúde mental, informação é sempre o primeiro passo. Para saber mais, acesse: www.holiste.com.br
Sobre a Holiste
A Holiste é uma clínica de excelência em saúde mental, criada há 20 anos pelo médico psiquiatra, Dr. Luiz Fernando Pedroso, sediada em Salvador, Bahia, com atendimento nacional. Na sede principal, localizada em Salvador, funcionam os serviços ambulatorial e de internamento psiquiátrico. A estrutura da clínica conta, ainda, com o Hospital Dia (destinado à ressocialização do paciente) e com a Residência Terapêutica (moradia assistida para pacientes crônicos), dispondo sempre de estrutura e tecnologia de ponta.
A instituição conta com mais de 200 profissionais, um corpo clínico composto por médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionista, gastrônoma, dentre outros, com vasta experiência em tratamento de transtornos relativos à saúde mental. Para conhecer mais sobre os serviços da Holiste, acesse o site www.holiste.com.br.
Por Assessoria