As comemorações dos 98 anos de emancipação política de Arapiraca seriam, como de costume, no dia 30 de outubro, quando o município foi instalado pelo governador Costa Rego em 1924, por força da Lei nº 1.009, publicada no Diário Oficial em 31 de maio. Esses festejos, essas comemorações, contudo, tendo em vista a realização do 2º turno para presidente da República e governador do Estado, foram transferidas. Mas, mesmo durante o exercício do voto, o arapiraquense não pode deixar de se lembrar daqueles tempos de luta ferrenhaarrinada dos locais para se livrarem do jugodô de Limoeiro, tanto política quanto administrativamente.
A figura mais importante, sem dúvida alguma, foi Esperidião Rodrigues, chamado por muitos de Coronel (título honorífico que até o governador Costa Rego o atribui no seu telegrama comunicando que assinou a lei da emancipação). Outras, não menos importante, assumiram a liderança política de Arapiraca, como Pedro Barbosa da Silva, Aprígio Jacinto, João Ribeiro Lima (prefeito e interventor), Manoel Leal (interventor no Estado Novo), Genésio Rodrigues (o último intendente). Ou, a partir do alavancamento desenvolvimentista de Arapiraca, como João Lúcio da Silva (prefeito por duas vezes), Francisco Pereira Lima, João Batista Pereira da Silva, Higino Vital da Silva (que não completou o mandato), Agripino Alexandre, João Nascimento.
Cabanos e caras-pretas
Mas, nem sempre foi pacífica a vida política do município, quando havia uma briga acirrada entre udenistas (pertencentes a União Democrática Nacional, a UDN) e pedessistas (membros do PDS (Partido Democrático Social). Eram os cabanos (seguidores dos udenistas) e os caras pretas (seguidores dos pedessistas), como eram intitulados os seguidores de uma ou outra facção. Em fins dos anos 50, mais precisamente em 1956, com o assassinato do vereador Benício Alves, e em 1957, com a tocaia e assassinato brutal do deputado Marques da Silva, a morte passeava nas ruas da cidade.
Houve intervenção militar no Estado. E os governos, a partir daí, de Luís Cavalcante, Afrânio Lages, pacificaram Alagoas, no particular Arapiraca.
Coma pacificação, oO desenvolvimento real de Arapiraca começou na gestão de Francisco Pereira Lima, quase no cinquentenário da emancipação (Arapiraca adquiriu uma motoniveladora caterpillar, única entre os municípios do estado). Ou, comU a abertura, não sem oposição, da avenida do Futuro, depois chamada de avenida Wilson Santa Cruz e agoraou avenida Ceci Cunha), pelo prefeito João Lúcio da Silva. Que dizer da instalação do MOBRAL (alfabetização de adultos) e da primeira faculdade, pelo prefeito João Batista Pereira da Silva (cursos de Estudos Sociais, Letras e Ciências)?
Nos 50 anos de emancipação, não se pode esquecer da chegada da água encanada e potável nas torneiras de Arapiraca, obra da CASAL – Companhia de Água e Saneamento de Alagoas – no governo de Afrânio Lages e prefeito Higino Vital.
Sede antiga da Prefeitura, situada na praça Luís Pereira Lima – à esquerda da foto, ficava o gabinete do prefeito, e à direita, o do secretário de finanças (gestão de João Batista Pereira da Silva, em 1970/1973)
Luta pela radiodifusão
É fácil, hoje,
a comunicação, sem fio e por satélite. Difícil era saber as notícias, ou se entreter ouvindo rádios, assistir televisão, nos anos 60/70. Foi Francisco Pereira Lima, junto com o secretário Miguel Valeriano, que implantaram rusticamente uma emissora de rádio, patrocinada toda ela pela prefeitura. Época da Antena de Publicidade, que tentava levar entretenimento aos arapiraquenses. João Lúcio da Silva, com seu filho Narcizo Lúcio como secretário geral da prefeitura, fomentaram mais ainda esse meio de radiofonia. Antes, Arapiraca teve, entre outras, serviço de som (prefeito João Ribeiro Lima (que funcionou no antigo prédio da farinha, praça Manuel André), serviço de som da Prefeitura (instalado na esquina da rua Aníbal Lima com a praça Gabino Besouro, hoje praça Marques da Silva, na gestão de Luís Pereira Lima), a rádio Tupã (de propriedade de José de Sá), rádio Holanda (de José Holanda), rádio Clube de Arapiraca (propriedade do deputado Claudenor Albuquerque Lima, e instalada no hoje bairro São Luís).
Com o prefeito João Batista, as idas e vindas por serras e morros de Arapiraca (até de Feira Grande, na serra do Cachimbo) e encontrar melhor recepção e captação dos sinais de tvs Rádio Clube e Jornal do Comércio, de Pernambuco, ou Atalaia, de Sergipe, à frente o eletrotécnico Dedé Gomes. Só em 1974 chegaram na região os sinais da tv Gazeta de Alagoas, e em cores.
Na área social e de entretenimento, ressalte-se o Clube dos Fumicultores, fundado pelos irmãos Lúcio (Manoel, José e João) e que foi considerado um dos melhores de Alagoas, hoje deteriorado, literalmente caindo e abandonado, que deixa só saudades. Houve o ARA – Agremiação Recreativa de Arapiraca, também fundado por Claudenor Lima, com o intuito de abrigar seus correligionários (situava-se no hoje bairro São Luís).
Esportivamente, afora clubes amadores (Flamengo, Ipiranga, Atlético), o ASA (associação), que tinha como sua casa o antigo pueirão, Estádio Coaracy da Mata Fonseca, em homenagem ao prefeito que o construiu (hoje em constante reconstrução). Agora, ASA (agremiação), com mudança de nome e razão social, para fugir dos constantes junto ao INSS, cuja transformação deu-se durante os anos 70.
Havia, ainda, os cinemas: o primeiro, cine Leão, de propriedade de José Leão (situado na praça Gabino Besouro, hoje Marques da Silva). A seguir, o Trianon (de 1952), de propriedade do José Barbosa, hoje só memória. Depois, veio o Triunfo, de propriedade de Anísio Amorim, na praça Luís Pereira Lima. Por pouco tempo, ao lado do cine Triunfo, na rua João Ribeiro, o jovem Leonardo Evangelista instalou também um o cinema Plaza, que hoje é igreja evangélica.
Cine Trianon (1952)
Foi o segundo cinema da cidade de Arapiraca, surgido após o cinema Brasil, do agricultor Manoel Leão. Foi parte da visão empresarial do jovem (à época), José Barbosa e foi, durante muito tempo, dirigido pelos jovens Claudir Aranda Valeriano (genro do proprietário) e José Moacir Teófilo. Também foi palco de vários tipos de manifestação de arte e cultura, mas, principalmente, era o entretenimento maior dos arapiraquenses, com ampla sala e espetacular tela, para a época. Representou local de apresentação de teatro – vide As Mãos de Eurídice, apresentada por Pedro Onofre; as apresentações de inúmeros artistas, como Luís Gonzaga, Nelson Gonçalves, Altemar Dutra, Jerry Adriane, Cauby Peixoto, Roberto Carlos, Hermeto Pascoal (filho de Lagoa da Canoa, que pertencia a Arapiraca), Ângela Maria etc. Foi, também, palco de programas de calouros apresentados por J. Sá, nas tardes de sábado. Era cultura; era arte. Era cinema.
Fachada do antigo Hospital Regional de Arapiraca (gerido pela Secretaria da Saúde de Alagoas, através da SESAU) que, durante muito tempo, foi o único local público para atendimento da população. Hoje é gerido por uma sociedade particular, Nossa Senhora do Bom Conselho.
Agência da Estatística (IBGE), que ficava localizada na praça Luís Pereira Lima, anos 70, praça local também conhecido como praça da Prefeitura. Ali, Walter Bezerra Lima, seu maior estatístico, colhia dados que já mostrava, naquela época, uma Arapiraca pujante.
A feira de Arapiraca, hoje, é só saudade. Desde os tempos de Esperidião Rodrigues que funcionava, às segundas feiras, a troca, venda, e compra de produtos; era uma confraternização, com pessoas vindas de municípios vizinhos, ou mesmo de outros estados. Agora, empurrada para o bairro do Baixão, é só um arremedo de feira.
Uma lembrança da rua 30 de Outubro, que também homenageia a instalação da emancipação política de Arapiraca. Ainda era mão dupla, tendo à esquerda esquina, a revenda de bebidas de Antônio Ferreira.
Uma visão de parte de Arapiraca, hoje. O constante crescimento e desenvolvimento do município mostra a força do arapiraquense, nativo, ou imigrante, que acredita nesta terra.
Os limites de Arapiraca, hoje, são marcados pelos municípios de Craíbas e Igací, ao norte; Feira Grande, São Sebastião e Lagoa da Canoa, ao sul; Limoeiro, Junqueiro e Coité do Nóia, a leste, e Lagoa da Canoa e Girau do Ponciano a oeste.
Segundo o IBGE, no último censo de 2010, o município tinha 214.006 habitantes. Em 2010, a estimativa do mesmo instituto foi que Arapiraca atingiu 234.309 pessoas, com uma densidade populacional de 600,84 hab./km2.
Em 1924, quando da emancipação política, a Lei 1009, de 31 de maio, assim dava os limites arapiraquenses: Ao norte, o município de Palmeira dos Índios pelo riacho Tingu, de sua confluência pelo rio “Traipú” até suas nascentes; dessa, por uma linha recta até encontrar com a nascente do riacho denominado “Riachão das Victorias” e por este abaixo até onde confine com o Rio Coruripe; a leste, com o município de Limoeiro, a partir da confluencia do riacho denominado “Riachão dos Victorinos” com o Rio Coruripe, por este rio, a encontrar o lugar denominado “Poço da Julia”, d’ahi, pela estrada real que segue para a “Lagoa do Pé Leva” e desta pelo riacho “Pé Leve Velho” abaixo até o açude Piauhy; ao sul, com os Municípios de Porto Real do Collegio e São Braz, partindo do açude Piauhy, pela estrada real até encontrar a fazenda “lagoa Seca”, desta passando pela “Fazenda Gruta D’Água”, antiga Perucaba pela Fazenda Poços e d’ahi pela estrada real passando nos sítios “Baixa da Onça” e “Mulungu”, até o sítio “Riacho Fundo”; ao oeste, com o Município de Trapú, pela estrada real que vai do “Riacho Fundo” e passa no Sitio Matta Limpa e nas fazendas “Camude” e “Folha Miuda” até encontrar o Povoado Riachão, na margem do rio Traipú, e por este acima até a c0onfluencia do Riacho Tingu.
Mas, durante os 98 anos de independência, Arapiraca mudou constantemente, por leis, decretos, decisões judiciais: pelo Decreto Estadual n.º 2.335, de 19/01/1938, o município de Arapiraca adquiriu o extinto município de São Braz, como distrito;
pelo Decreto Estadual n.º 2.435, de 30/11/1938, Arapiraca adquiriu do município de Traipu o distrito de Lagoa da Canoa, e, pelo mesmo decreto, o distrito de São Braz deixa de pertencer ao município de Arapiraca. Foi criado o distrito de Caraíba e anexado ao município. d
A Lei Estadual n.º 2.471, de 28/08/1962, desmembra do município de Arapiraca o distrito de Craíba e elevado à categoria de município. O deputado estadual José Pereira Lúcio foi o autor do projeto, aprovado na Assembleia Legislativa e sancionado pelo então governador Luiz Cavalcante..
Pela Resolução do Senado Federal n.º 113, de 30-11-1965, o município de Arapiraca adquiriu o extinto município Craíbas, como distrito. Somente em 1982, através de lei sancionada pelo governador Theobaldo Barbosa, Craíbas se separa definitivamente de Arapiraca. Arapiraca.
ARAPIRACA E O CEL. ESPERIDIÃO RODRIGUES DA SILVA
* Padre Francisco Macedo
A história contemporânea de Arapiraca tem seu fator principal em um sobrinho de Manoel André.
Esperidião Rodrigues era criança quando seu tio veio habitar à margem da várzea da veneranda arapiraqueira, sendo seus pais cooperadores na fundação do povoado nascente.
Casado com d. Joanna Rodrigues de Macedo, em 1876, começou vida comercial juntamente com Manoel Evaristo e Florêncio Silva, filho de Manoel André.
Sua atividade, de então, foi coroada dos melhores resultados, a ponto de ser, em poucos anos, a primeira casa do sítio, de giro.
De nascimento, espírito liberal, reuniu sempre os requisitos preciso a um homem do povo.
A família arapiraquense cada dia mais auge estava.
E o novo propulsor da parte mais importante da economia local, foi com seus companheiros de iniciativa um dos dedicados organizadores da riqueza da pequena praça, que já tinha sido galgado foros de distrito civil.
Entretanto, revezes da sorte, fizeram-no afastado de sua primeira vocação, voltando-o ao discurtínio de novos empreendimentos, em favor de sua querida pátria.
Envelhecendo no ardor pelo engrandecimento do torrão amado, tornou-se, ao fim, a concretização de todas aquelas gerações. para o eficiente do mais alevantado dos surtos progressistas de que é máximo expoente, no momento atual.
É pois o cel. Esperidião um super-homem da família arapiraquense.
Sua senhoria não obstante o acabrunho de sérios embaraços financeiros, tomou o guião do arrojado certame pela independência de sua terra e tanto fez até que o conseguiu.
Sua vontade de bronze avançou sempre.
Batito de terríveis obstáculos jamais arreveceu.
E nem a terrível e deprimente campanha do arcaico Limoeiro, nem o vozerio incendiário e infamante de imbecis despeitados do progresso arapiraquense. nada o susteve, caminho afora, no seu desígnio . Sonhador, como Manoel André, lobrigou sua vila completamente do antigo feudo que a aferrava servilmente com injusta opressão, desde o nascer.
Quiz, como todo bom arapiraquense, que se formasse à parte daquele decreto montão de vícios, porque de geração a geração progredisse o respírito honesto e empreendedor do primeiro habitante.
Por vezes lhe sendo oferecida a mudança da sede do município para Arapiraca, nunca se sentiu bem abraçar tal obséquio, como acointeceu ainda com o emérito dr. Fernandes Lima, em sua última visita.
Era nesse tempo intendente e chefe do velho município.
– Quero um município virgem, dizia s.s.
E sua vontade pertinaz efetivou-se, não só criando um município virgem, completamente arapiraquense, mas denso em população inteligente, operosa e rica de larguesa, bens terrenos agrícolas e de criação.
Por último, comprovando seu valor, educação e generosidade, logrou para si e para todos de sua família o renome honrosíssimo da mais solene e imponente inauguração de sua vila.
Conquistador simpático, pode trazer, de uma só vez, a seu torrão natal, as sumidades do poder estadual e espiritual, congraçando, assim, sua gente com o mais seleto de Alagoas.
É também o coronel Esperidião uma relíquia de Arapiraca.
S. s. (sua senhoria), como o patriarca daquela família, é, a mais, o sacerdote venerável que deve ser acatado por todos, sem tergiversação de políticos locais.
Quem quer que se insurja contrasua veneranda pessoa, visando posição, como agora, terá sempre estigmatizado em sua fronte o sinete da ingratidão.
Que viva tranquilo e sempre respeitado o ancião respeitável e benemérito.
Que lhe devolvam incondicionalmente todas as diferenças de ternuras dignas de sua mais que conhecida operosidade, são os votos de seus verdadeiros amigos.
(Padre Francisco Macedo, em O ÍNDIO, semanário independente, publicado em Palmeira dos Índios, com aprovação eclesiástica, domingo, 23 de novembro de 1924)
As realizações de Esperidião Rodrigues,
antes de ser o primeiro prefeito de Arapiraca
Arapiraca homenageia seu primeiro prefeito em praça pública.
Antes mesmo de ser escolhido pelo povo arapiraquense de ser seu primeiro prefeito, Esperidião Rodrigues já pensava no desenvolvimento de Arapiraca: como sócio e com somente 22 anos de idade, foi um dos proprietários de uma loja em que se vendia de tudo, inclusive tecido. Seu sócio era o primo Florêncio Apolinário, isto em 1880. No ano de 1884, criou, pessoalmente, a feira de gado de Arapiraca, que foi o início da feira livre. Antes, a feira era no povoado Veados, hoje Canaã. Nesta mesma época, criou uma guarda de segurança.
Junto ao governo do Estado, tanto solicitou que conseguiu a instalação da primeira escola pública da localidade, em 1890, cuja primeira professora foi Marieta Peixoto Rodrigues de Macedo, esposa de seu filho, André Rodrigues de Macedo;
Foi escolhido, em 1892, presidente do Conselho Municipal da Vila de Limoeiro e, como tal, consegue a criação de um cartório de Registro Civil, além de uma agência dos Correios para Arapiraca; Já em 1908, fundou no povoado de Arapiraca uma sociedade musical, de nome “União Arapiraquense”, cujos instrumentos foram importados da França;
Coroando sua abnegação pela terra, o governador do Estado, Clodoaldo da Fonseca, convida-o, em 1915, para Intendente de Limoeiro, onde permaneceu até o ano de 1918 (Intendente tinha a função de Prefeito da época);
A homenagem ao filho Serapião
A luta de Esperidião Rodrigues pela liberdade política e administrativa de Arapiraca, terra que o recebeu aos sete meses de idade, foi uma constante por toda sua vida. Não procurava benefício próprio. Em primeiro lugar, sempre, estava Arapiraca.
Só uma vez, pensou em distinguir algo. Ou alguém! Foi quando o governador Costa Rego, que sucedeu a Fernandes Lima, pediu-lhe para marcar a data da instalação do novo município alagoano, apesar de já o sê-lo por lei de 31 de maio de 1924.
Esperidião titubeou. Que dia? Quando? Ele pensou no mesmo data da lei que emancipou Arapiraca de Limoeiro, mas o dia 31 de maio estava muito longe, somente em 1925. Dormiu algumas noites pensando no dia dos festejos, quando o governador, seus secretários, autoridades amigas e o povo comemorariam a liberdade de Arapiraca.
Opiniões, sugestões foram muitas, de familiares e amigos.
No segundo semestre de 1924, somente havia o aniversário de seu filho, o jornalista e acompanhante em todas as peregrinações a Maceió, junto a deputados e ao governo de Fernandes Lima. Era o filho Serapião Rodrigues de Macedo, o quinto de sua união com Joana Belarmina Ferreira de Macedo. Era letrado, um jornalista que exercia sua profissão em Maceió. O dia: 30 de outubro.
Esperidião Rodrigues levou a data ao governador que a encampou.
Além de Serapião, o homenageado, o emancipador arapiraquense teve os seguintes filhos com sua primeira mulher Joana Belarmina Ferreira de Macedo:
- Antônio Rodrigues de Macedo (casado com Luzia Macedo)
- Lino Rodrigues de Macedo (casado com Francisca Maria de Magalhães)
- Domingos Rodrigues de Macedo (casado com Josefa Augusta Ferreira de Macedo)
- André Rodrigues de Macedo (casado com Marieta Peixoto Rodrigues)
- Serapião Rodrigues de Macedo (casado com Áurea Barreto de Macedo)
- Júlio Rodrigues de Macedo (casado com Maria Barros)
- Cecília Rodrigues de Macedo (solteira)
Casou-se uma segunda vez, por morte de Joana Belarmina Ferreira de Macedo, com Balbina Farias de Melo, em 1897, com quem teve os seguintes filhos:
1.José Rodrigues de Melo (casado com uma descendente de espanhol no Rio de Janeiro)
2. Genésio Rodrigues da Silva (casado com Joana Cavalcante Correia)
3. Amália Rodrigues de Melo (casada com Rosendo Leandro da Silva)
4. Laura Rodrigues de Melo (casada com Petronilo de Oliveira)
5. Virgílio Rodrigues de Melo (casado com Eulina Brito Rodrigues)
6. Rosa Rodrigues de Melo (solteira)
7. Juvêncio Rodrigues de Melo
8. Marieta Rodrigues de Melo (casada com Antônio Olímpio Cavalcante)
9. Gondizalves Rodrigues de Melo (casado Maria Lúcio Rodrigues).
Ele ainda casou-se uma terceira vez, com Maria Rodrigues, mas não tiveram filhos.
Os festejos da emancipação
Governador Costa Rego deu posse a Junta Governativa abrilhantou os festejos de instalação de Arapiraca, o mais novo município alagoano.
A “União arapiraquense”, banda de música criada por Esperidião Rodrigues em 1908, com quase todos os instrumentos comprados na França, e que tinha seus filhos como músicos, alegrou a noite de 30 de outubro, data escolhida pelo governador Costa Rego para emancipar Arapiraca, depois de sugestão do líder local. Antes mesmo da noite festiva, por toda a sede do novo município, “as ruas estavam enfeitadas com bandeirinha aos ventos, balões multicores subindo aos céus, e a população empolgada com girândolas de fogos, numa alegria contagiante” (assim descreve Roza Rodrigues, descendente do emancipador, em seus manuscritos guardados pela família).
O governador foi recebido por Esperidião Rodrigues, por Manoel Lúcio Correia da Silva, por Serapião Rodrigues, jornalista e filho de Esperidião (representando o deputado Luiz Silveira. A banda toca o Hino Nacional, e o Tiro de Guerra desfila pelas ruas empoeiradas. Houve baile.
Na Junta Governativa que recepcionou a comitiva do governador, estavam duas figuras importantes: Tibúrcio Valeriano da Silva (pai de Miguel Valeriano da Silva) e Domingos Rodrigues de Macedo (filho de Esperidião e hoje nome de rua). Um dos convidados especiais foi o deputado Odilon Auto, de Pilar, e autor do projeto de lei que deu origem à Lei nº 1.009, de 31 de maio de 1924 (o deputado Odilon Auto era tio de Thereza Auto Teófilo, esposa de José Moacir Teófilo, e tio-avô do ex-prefeito Rogério Auto Teófilo).
Os deputados que emanciparam Arapiraca
A Assembléia Legislativa, em 1924, apreciando o projeto de lei que emancipava Arapiraca.
Muito se fala sobre a emancipação política do município de Arapiraca. Pouco sobre o deputado autor do projeto de lei que cria o novo município, Odilon Auto. E menos ainda sobre a Assembléia Legislativa, período 1923/1924, e que deu ao governador Fernandes Lima, para sanção, e posterior lei, o projeto que livra Arapiraca do jugo político-administrativo de Limoeiro.
Esses são os deputados da época, 17ª Legislatura: Adalberto Alfonso Marroquim, Adolpho Augusto de Camerino, Alfredo de Santa Ritta, Alípio Minervino da Silva, Antônio Cândido Vieira, Arthur Acioli Lopes Ferreira, Ângelo Graciliano Martins, Ernesto Bezerra, Firmo Ferreira de Castro, Francisco Henrique Moreno Brandão, Francisco da Rocha Holanda Cavalcante, Joaquim de Freitas Melro, José de Aquino Ribeiro, José Faustino Marinho Falcão, José Gonçalves Lages, José Malta de Sá, José Quintella Cavalcanti, José Rodrigues de Lima, José Soares Pinto, Júlio César de Mendonça Uchoa, Juvêncio da Rocha Ramos, Luiz da Cunha Lima, Manoel Firmino Tenório, Odilon Auto da Cruz Oliveira (aqutor do projeto de lei), Octávio Leite da Costa Amazonas, Pacheco Ramalho, Pedro Pierre da Silva Braga, Tibúrcio Valeriano Nemésio, Tito de Barros e Wenceslau José Almeida.,
Emancipação política de Arapiraca é antecipada para este domingo (23)
Devido ao segundo turno das eleições, que ocorre no dia 30, dia em que Arapiraca celebra seus 98 anos de emancipação política, os festejos foram antecipados para o próximo domingo, 23.
As comemorações serão iniciadas com o hasteamento das bandeiras, no Largo Dom Fernando Gomes, de lá, as autoridades arapiraquenses seguem para a missa em ação de graças, na Concatedral Nossa Senhora do Bom Conselho.
O desfile volta a sair do Centro, tendo a concentração prevista para às 14h nas, na Rua Expedicionários Brasileiros, no Centro de Arapiraca. O desfile seguirá pelas ruas 30 de Outubro e na Rua Estudante José de Oliveira Leite.
Fonte: Jornal de Arapiraca/ Manoel Lira, Eli Mário e Roberto Baía